Apesar da quebra na recta final da primeira volta, Lito Vidigal consegue melhorar a produtividade
O empate (1-1) alcançado anteontem no reduto do Rio Ave permitiu ao Vitória FC, depois de um ciclo de quatro derrotas consecutivas, somar pontos pela segunda jornada consecutiva na I Liga. O ponto amealhado permitiu à equipa concluir a primeira volta da prova na 11.ª posição com 19 pontos, mais sete do que tinha somado em período homólogo na temporada transacta (12).
Outro aspecto em que os sadinos têm claramente um desempenho melhor prende-se com o número de triunfos no campeonato (passou de dois em 17 jogos em 2017/18 para cinco na temporada actual) e de golos. Se nos tentos apontados o registo é idêntico nos dois anos (16), nos golos sofridos a equipa revela mais consistência (19 agora contra 32 de há um ano).
Além do resultado positivo num campo tradicionalmente difícil, como comprova o facto de os sadinos nunca terem vencido nos 29 jogos oficiais disputados em Vila do Conde, a boa exibição da equipa, que antes da meia-hora de jogo perdia por 1-0, deixou a equipa técnica liderada por Lito Vidigal orgulhosa da reacção que teve.
“O sentimento é de frustração. Fomos superiores em muitos momentos do jogo. A equipa demonstrou carácter, uma grande alma, e uma atitude fantástica. Sempre que acabam os jogos bato palmas a estes jogadores e gostava que adeptos do Vitória também o fizessem”, disse o treinador no final do encontro diante dos vila-condenses.
Lito Vidigal teceu ainda um reparo por sentir que a sua equipa tem sido prejudicada em alguns lances no decorrer dos jogos. “O nosso objetivo era vir cá vencer, mas continuamos a ser mais penalizados. Sofremos sempre mais faltas do que cometemos. A minha equipa é intensa, mas leal. Se calhar, fomos a única equipa que ainda não teve um penálti a favor na I Liga”, recordou.
O timoneiro dos sadinos salientou ainda a importância de a equipa não se desviar do caminho traçado. “O que tenho falado com os jogadores é que temos de estar focados no dia-a-dia e temos crescido muito. O importante é que continuamos a somar pontos. Temos tido dificuldade nas últimas épocas. A luta tem sido grande, mas a equipa tem sido briosa e continua a jogar futebol de qualidade”, frisou.
Defesa de 31 anos é reforço: Sílvio assina por ano e meio
Há quase dois meses a treinar com o plantel às ordens de Lito Vidigal, o defesa Sílvio, de 31 anos, é o primeiro reforço ode inverno do Vitória. O jogador, que tinha outro emblema da I Liga interessado no seu concurso, assinou ontem de tarde contrato válido por época e meia e manifestou a sua satisfação por ingressar no clube. “É um motivo de orgulho representar um clube histórico do futebol português. Quero relançar aqui a minha carreira”, afirmou, agradecendo ao presidente Vítor Hugo Valente a confiança nele depositada.
O jogador, que tem no currículo passagens, entre outros, pelo Benfica, Sp. Braga e pelos espanhóis do Atlético de Madrid, explicou as razões que o levaram a querer permanecer no Bonfim, onde já treinava desde Novembro de 2018. “O grupo é excelente e aceitei também por essa razão. Quero ajudar o Vitória a alcançar os seus objectivos”.
Operação Aves arranca amanhã
O plantel goza hoje o segundo dia de folga concedido por Lito Vidigal. O regresso ao trabalho está marcado para amanhã, 10 horas, no Estádio do Bonfim, para dar início à preparação do duelo da 18.ª jornada (a primeira da segunda volta do campeonato), agendado para as 15 horas de domingo, no reduto do Desportivo das Aves.
O avançado Mendy, que foi dispensado do jogo com o Rio Ave devido ao falecimento do seu pai, volta a ser opção para o embate com os avenses. De fora vai continuar Nuno Pinto (devido a razões de saúde), enquanto o guarda-redes Milton Raphael, a debelar lesão, é amanhã reavaliado pelo departamento médico para aferir da sua condição física.
Costinha a caminho de Chaves
Três anos e meio depois de ter chegado ao Bonfim, oriundo do Lusitano de Vildemoinhos, do Campeonato de Portugal, Costinha deixa de ser jogador do Vitória. O médio, de 26 anos, que contabilizou 116 partidas oficiais pelos sadinos, ruma a Trás-os-Montes para representar o Desportivo de Chaves, concorrente do clube na luta pela permanência no escalão principal.
A saída do jogador, que terminava o contrato com o emblema setubalense no final da temporada, permite um encaixe próximo dos 200 mil euros, apurou O Setubalense – Diário da Região junto de fonte da administração vitoriana. Recorde-se que o clube tinha apresentado no início da época uma proposta de renovação ao atleta válida por três épocas, mas, após contra-proposta do empresário de Costinha, ambas as partes não chegaram a acordo.
A saída imediata do médio, que em 2018/19, sob o comando técnico de Lito Vidigal participou apenas em 10 jogos – actuando um total de 503 minutos (352 no campeonato e 151 na Taça da Liga) –, permite à administração liderada por Vítor Hugo Valente evitar que o Costinha saia a custo zero no final da presente época desportiva.
