19 Abril 2024, Sexta-feira
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Vitória de Sandro pode igualar melhor registo da última década

Adeptos receberam plantel no Bonfim na madrugada seguinte à festa da permanência em Chaves

 

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Quase oito horas depois de o Vitória FC ter festejado matematicamente a continuidade na I Liga no relvado do estádio do Chaves, após o triunfo por 2-1, os jogadores e a equipa técnica liderada por Sandro Mendes foram recebidos por mais de uma centena de entusiastas adeptos no Bonfim. O relógio marcava 00:45 horas de segunda-feira quando o autocarro chegou ao estádio onde, entre cânticos, lágrimas e muitos sorrisos, os adeptos aplaudiram um a um os elementos da comitiva verde e branca.

Consumada a permanência na I Liga, após o triunfo alcançado domingo no reduto dos flavienses, o Vitória pode na derradeira jornada igualar o melhor registo de pontos no campeonato desde 2007/08. Atualmente com 36 pontos, os comandados de Sandro Mendes podem, caso vençam o Rio Ave na partida do fim-de-semana, chegar aos 39, fasquia a que conseguiram chegar nos últimos onze anos apenas em 2013/14.

À exceção dessa temporada em que os setubalenses foram treinados por José Mota e José Couceiro, o Vitória raramente conseguiu chegar aos 36 pontos que tem agora. Depois de 2008, ano em que a equipa então liderada por Carlos Carvalhal, que tinha Sandro Mendes como capitão, terminou em sexto lugar com 45 pontos, quase todas as épocas ficaram, em termos de pontuação final, aquém da presente.

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Em 2008/09, 2009/10 e 2010/11, respectivamente, o Vitória somou 26, 25 e 34 pontos. Em 2011/12 foram 30 pontos e 2012/13 não foi além dos 26. Depois da temporada dos 39 pontos (2013/14), o clube manteve um desempenho que obrigou os adeptos a sofrer novamente quase até ao fim: 29 pontos em 2014/15 e 30 em 2015/16. Novamente com José Couceiro ao leme, em 2016/17, o Vitória voltou a respirar melhor a terminar com 38 pontos, registo que pode ser ultrapassado pelo seu ex-pupilo Sandro Mendes caso ganhe aos vila-condenses.

Na temporada transacta, ainda com José Couceiro à frente da equipa técnica, só na derradeira jornada, após bater o Tondela (1-0), o Vitória chegou aos 32 pontos que colocaram a equipa a salvo da descida. Um ano depois, o êxito de anteontem em Chaves, onde estiveram cerca de meio milhar de adeptos sadinos a apoiar a equipa, acabou com o sofrimento dos vitorianos que vão poder assistir ao último jogo sem ter o credo na boca.

 

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Nuno Pinto deixa mensagem ao capitão Vasco Fernandes:

«Obrigado por nunca teres deixado cair os nossos meninos»

 

Depois de o capitão Vasco Fernandes ter logo a seguir ao triunfo em Chaves dedicado, em nome da equipa, a presente temporada ao colega Nuno Pinto, defesa que em Dezembro de 2018 anunciou estar a lutar contra um linfoma, o jogador, que entretanto já anunciou estar “limpo” da doença, fez questão de deixar uma mensagem de agradecimento no seu Facebook, aludindo à permanência da equipa.

“Conseguimos, sim conseguimos. Obrigado amigos por esta vitória, obrigado por estarem com atitude e raça neste jogo. O nosso Vitória é isto, é estarmos sempre de entrega total, quando temos fé e confiança tudo se torna mais fácil. A ti, meu capitão [Vasco Fernandes], obrigado por nunca teres deixado cair os nossos meninos e por estares sempre disponível para mim
Estou tão feliz, meu rico Vitória. Juntos somos sempre mais fortes. Muito obrigado equipa”, escreveu Nuno Pinto.

Recorde-se que Vasco Fernandes, defesa que cumpre a terceira época em Setúbal, tinha deixado uma mensagem emotiva a Nuno Pinto logo após o apito final em Trás-os-Montes. “Esta temporada é do Nuno Pinto. Mais do que lhe ser dedicada, esta manutenção é para ele. Soube passar as adversidades e isso deu-nos uma força enorme. Se hoje (domingo) estamos aqui com estes adeptos a celebrar é por causa dele, das nossas famílias, que sofrem tanto como nós, e pelos homens que estão lá em baixo, do primeiro ao último. Isto é para todos nós, mas esta época é a época do Nuno Pinto, do número 21 do Vitória”.

 

Bracarense Artur Jorge escreveu aos adeptos vitorianos:

«É impossível não ficar rendido à vossa forma de sentir o clube»

 

Nas redes sociais, quase todos os jogadores que compõem o plantel deixaram mensagens emotivas a assinalar o facto de o objectivo da permanência ter sido cumprido. Dos mais experientes aos que se estrearam com a camisola vitoriana em 2018/19, como aconteceu com o defesa Artur Jorge, ninguém ficou indiferente ao momento. Recordamos em seguida o testemunho do central que nasceu em Braga há 24 anos.

“Por onde começar, Vitória? Não sou um filho vosso, mas é impossível não ficar rendido ao vosso bairrismo, à vossa forma de sentir o clube. Qualquer que fosse a minha mensagem, teria de começar por vocês, adeptos. Que nunca nos falharam uma única vez. Que acumularam tristezas, quilómetros de coração amargurado, mas nunca deixaram que a desilusão ofuscasse a vossa lealdade, a vossa fidelidade. E que demonstração de força deram hoje (domingo), em Chaves”, lê-se no texto publicado no Instagram.

Artur Jorge continua: “Nós sabíamos, à partida, que a missão não seria fácil. E de facto, os contratempos foram tantos, de tal forma graves e preocupantes, que era impossível não sair afectado. Desde lesões gravíssimas, ao problema de saúde que abalou o Nuno Pinto, entre tantas outras coisas. Sim, era fácil deitar a toalha ao chão e desistir. Mas essa não é a face deste grupo. Esta não é a face do Vitória e da cidade de Setúbal”.

E acrescenta: “Como se costuma dizer, ‘fizemos das fraquezas forças’ e sentimos a energia de uma cidade que vive o clube. E acreditem: foi essa vossa ‘doença’, esse vosso bairrismo que nos fez mover montanhas. Se nem sempre conseguimos vencer todos os jogos, acreditem que de todas as vezes que entrámos em campo, íamos sempre com as “baterias carregadas”, tamanha era a força que vinha das bancadas”.
Artur Jorge garante: “Se hoje respirámos de alívio, devemo-lo a vocês, a toda a cidade, a todos os sócios e simpatizantes do Vitória Futebol Clube!  Não obstante, permitam-me que dedique este momento à minha família, aos meus amigos, a todos que nunca me deixam só. A todos os que torcem por mim, independentemente da preferência clubística”, disse, deixando uma palavra ao colega Nuno Pinto. “Dedico especialmente ao Nuno Pinto. Pela superação diária, pelo exemplo que é para todos no balneário, pela força que nunca nos deixou de transmitir e pela vontade que tem de voltar a treinar/jogar. Obrigado, do fundo do coração, a todos que acreditaram em nós, a todos os que nunca nos deixaram de apoiar! O Vitória é de primeira!”

 

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