19 Abril 2024, Sexta-feira
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“Espero um dia poder vestir a camisola da selecção angolana”

O jogador, que foi o terceiro melhor marcador do campeonato, revelou também que gostava de ser visto como uma referência pelos mais novos.

 

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Rui Társio Alves Silva, angolano, de 23 anos, apelidado de ‘Ruizinho’, joga futebol, é avançado e gosta de marcar golos. Em Portugal começou a jogar no Mafra, transferiu-se depois para os Açores onde jogou no Prainha (Ilha do Pico) e posteriormente ingressou no Alcochetense.

Nesta época, a segunda em Alcochete, foi um dos jogadores que mais se destacou na 1.ª Divisão da AF Setúbal e o melhor marcador da sua equipa, andou muitas jornadas na frente da tabela e acabou na terceira posição logo atrás de Bruninho (O. Dragon) e Márcio Madeira (V. Gama).

Na conversa que manteve connosco o jogador revelou muita ambição, confessou que gostava de ser visto como uma referência pelos mais novos e mostrou-se satisfeito por estar em Alcochete onde trabalha afincadamente para dar o seu melhor com o objectivo de um dia poder chegar à selecção do seu país.

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Esta época marcaste 19 golos, 13 no campeonato, 4 na Taça AF Setúbal e 2 na Taça de Portugal. Quer dizer que foi uma época positiva em termos individuais?

Sim, foi uma boa época em termos individuais. Trabalhei muito para isso e tive todo o apoio que precisava dos meus colegas, de toda equipa técnica e dos dirigentes do Alcochetense. Quando trabalhamos num ambiente de harmonia, como era o do Alcochetense, as coisas tendem a correr sempre da melhor maneira possível.

 

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Andaste durante algum tempo na frente da tabela dos melhores marcadores, depois foste ultrapassado pelo Bruninho e pelo Márcio Madeira mas mesmo assim terminaste em 3.º lugar. Alguma vez chegaste a pensar que poderias ser o melhor marcador?

Sim, devo ter sido o jogador que mais tempo ficou no topo da tabela dos melhores marcadores e sabia que a concorrência era forte. Quero parabenizar o Bruninho e o Márcio pelo feito. Eu entro sempre em campo com o pensamento de ajudar ao máximo a minha equipa, seja com uma assistência, com um corte, ou com um golo. Nunca joguei apenas pelo golo, trabalhava sim para ser o melhor marcador, mas acima de tudo o melhor jogador em todos os aspectos de jogo.

 

Esta foi a tua segunda época no Alcochetense e pelos vistos correu muito melhor que a primeira, pelo menos em matéria de golos…

Sim, correu muito melhor. Na primeira época tive algumas lesões que me fizeram perder alguns jogos. Nesta segunda época tive uma maior sequência de jogos e fisicamente sentia-me muito bem. Foi uma época melhor não só pelos golos mas sim em todos os aspectos de jogo, o grupo fez-me crescer como jogador. E só tenho que agradecer aos meus companheiros de equipa.

 

Já pensaste no teu futuro. Ou seja, naquilo que vai ser a próxima época. Vais continuar em Alcochete?

O Alcochetense é uma casa onde quem entra nunca pensa em sair e quem sai deseja um dia voltar. O ambiente do grupo e a humildade das pessoas faz com que te sintas bem a todo instante. Neste momento, tenho pessoas que tratam desse tipo de assuntos mas como é evidente ambiciono muito e sonho alto, mas sempre com os pés no chão. Se for para sair de certeza que irei sair pela porta da frente e com a liberdade de poder voltar um dia, caso fique no clube ficarei satisfeito na mesma, pois sei que fico em casa.

 

Quais os teus projectos futuros no futebol. Até onde esperas chegar como jogador?

Hoje, aos 23 anos, continuo a sonhar da mesma forma como quando tinha 10/11 anos de idade. Espero chegar longe e pisar palcos que sempre sonhei. Quero ser visto como uma referência pelos mais novos e espero um dia poder vestir a camisola da selecção angolana e defender as cores do meu país. O futuro a Deus pertence e acredito que o presente também, mas eu posso mudar o meu presente para melhorar o meu futuro. Então trabalho firme hoje para abrir outras portas amanhã.

 

Como estás a viver neste período de pandemia, tens ficado em casa?

Não está a ser fácil, principalmente por não poder jogar futebol, a pandemia impediu-me de fazer aquilo que mais amo. Mas, agradeço todos os dias por estar bem de saúde, e toda a minha família e amigos também. Quanto a minha rotina, tenho um plano de treinos e tenho cumprido com rigor todos os dias, passo a maior parte do tempo em casa na companhia da minha mãe. Tenho tido também aulas online e tenho aproveitado esse tempo para capacitar-me em outras áreas e aprender muita coisa nova.

José Pina
Jornalista
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