16 Abril 2024, Terça-feira
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“Não podem pedir ao Vitória que custeie um voo charter”

Paulo Gomes diz clube já pagou viagens para a Madeira e não vai assumir nova despesa

 

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Paulo Gomes, presidente do Vitória FC, alertou ontem para a necessidade de as entidades competentes assumirem as suas responsabilidades de modo a garantirem que o clube setubalense possa, na primeira jornada da I Liga após o reatamento (prevista para 4 de Junho), viajar para a Madeira para defrontar o Marítimo sem ter despesas acrescidas na deslocação entre o continente e a ilha do Atlântico. “As regras estão montadas e agora as entidades como o Governo Regional, Federação Portuguesa de Futebol e Liga de Clubes têm de arranjar as estratégias para nos deslocar normalmente, independentemente de ser em charter ou não”.

Depois de ser confirmado que os insulares vão fazer os seus jogos caseiros no Funchal, o dirigente afirma estar fora de equação assumir uma despesa que já fez. “Dois dias antes de ir para o Funchal (12 de Março) o futebol fechou. Nessa altura o Vitória tinha as viagens todas pagas para a Madeira, bem como o hotel. Neste momento temos já os nossos custos feitos e não podem pedir ao Vitória que custeie um charter. Primeiro porque o Vitória não é o Real Madrid. Temos de ter a noção que para o Vitória e mais de metade dos cubes da Liga não faz sentido nenhum alugar um charter”.

O líder dos sadinos frisa que o clube está há vários meses a ser gerido com as dificuldades inerentes à pandemia da covid-19. “Já estamos há quase dois meses sem receitas. Já vamos no terceiro teste da covid e, quando chegarmos ao dia de ir para a Madeira, vamos no quinto teste. Ainda não há linhas de apoio para pagamentos do que o Vitória está a fazer, portanto criem estratégias para jogarmos na Madeira. Nós queremos ir jogar na casa do Marítimo”.

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E acrescenta: “Numa altura de receita básica. É ridículo falar-se na hipótese de pagarmos um chartes! Não nos podem exigir porque não faz sentido nenhum. Não pretendemos criar divisões porque todos nós quisemos regressar ao futebol porque estava em causa a subsistência de muitas equipas”, disse, considerando que será encontrada uma solução. “Estou crente de que vai haver uma solução para mais este problema. O Vitória não tem entidades oficiais a suportarem o clube como têm muitos clubes em Portugal. Mesmo tendo a nossa Câmara Municipal como parceira numa série de projectos que temos”.

Paulo Gomes recorda que os tempos excepcionais que se vivem vieram alterar tudo o que estava planeado e não deve ser o clube a pagar por isso. “Temos as nossas passagens pagas e é com elas que vamos à Madeira, tal como estava nas regras do jogo. Essas regras começaram na primeira jornada. Há agora uma condicionante e todos os clubes estão a fazer um esforço enorme para se a adaptar e estamos a fazê-lo bem feito e a prová-lo está o facto de não termos jogadores com covid”.

Apesar do alerta, o presidente dos vitorianos assegura que não está em risco a ida do clube ao Funchal e explica as razões da sua convicção. “É tão fácil de perceber que, de certeza, este problema vai ser resolvido. Não está em causa a ida do Vitória Madeira. Vamos jogar na Madeira, de certeza absoluta. É tão clara esta situação que alguém terá de a resolver. Têm de se criar as regras para que o clube lá consiga chegar nestas condicionantes. Tenho a certeza absoluta de que vão ser criadas essas condições”.

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O dirigente, que garante que o clube “não gasta um euro para ir porque tem as suas viagens todas pagas”, reiterou ainda que compreender a posição do Marítimo em pretender jogar no seu estádio. “Estou completamente de acordo com o presidente do Marítimo (Carlos Pereira) porque devem jogar no Funchal”.

Todos à disposição no primeiro treino colectivo

O plantel do Vitória iniciou ontem, no Estádio do Bonfim, a terceira semana de trabalho e, consequentemente, uma nova fase da preparação. “Garantida a segurança de todos os elementos do grupo, equipa técnica e ‘staff’ – o terceiro rastreio à Covid-19 revelou, uma vez mais, todos os casos negativos –, o treinador Julio Velázquez orientou a primeira sessão com todos os jogadores disponíveis em simultâneo”.

Numa nota publicada na página oficial do clube, os sadinos avançaram também que “depois dos treinos individualizados na primeira semana e dos colevtivos em grupo reduzido na segunda, o técnico espanhol contou agora com os 27 atletas na máxima força”. Para esta terça-feira está agendado mais um ensaio, novamente no Bonfim, pelas 10 horas, mais uma vez à porta fechada.

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