24 Abril 2024, Quarta-feira
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“Ainda não estamos onde queremos, mas estamos no bom caminho”

 

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Na periferia da localidade do concelho de Sesimbra, junto à EN 10, mora um dos dois maiores players de compra e venda de maquinaria usada do distrito de Setúbal. Com 3 anos de existência a ambição de fazer mais e melhor é o lema que guia diariamente os seus responsáveis.

Rui Mendes, empresário, assumiu, há 2 anos a responsabilidade de um negócio familiar iniciado pelo seu sogro, já lá vão 3 anos. Na gestão diária da Sprintrent conta com o apoio da sua esposa, especialista na área contabilística. Apesar de jovem, está por estes dias a comemorar o 31º aniversário, já tem bons níveis de experiência e conhecimento no sector da maquinaria pesada adquiridos, essencialmente, pelo trabalho que desenvolveu em Moçambique.

No regresso a Portugal aceitou o desafio de potenciar a Sprintrent. Com uma gestão dinâmica, muito interventiva no terreno, e filosofia de trabalho adaptada aos novos tempos, a evolução tem sido constante. O core business da empresa é o comércio e aluguer de equipamentos usados. Na prática escavadoras ,retroescavadoras, tractores de rastos e pontualmente camiões pesados. Apesar do aluguer estar mencionado no objecto social da empresa, a Sprintrent concentra todas as suas atenções na reparação, recondicionamento e venda de máquinas. Komatsu, Hitachi, Caterpillar, JCB, Volvo e Furukawa são algumas das marcas que fazem parte do actual stock da empresa composto por 20 unidades, onde merece destaque a presença de um camião Volvo FH12 400. Máquinas prontas para voltarem ao trabalho com novo dono.

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“As vendas têm seguido sempre num registo ascendente por isso estamos muito satisfeitos mas ambicionamos sempre um pouco mais”

O Setubalense foi perceber, junto de Rui Mendes, como tem sido a evolução da jovem empresa. “O balanço que posso fazer destes 3 anos de actividade é muito positivo. Ainda não estamos onde queremos, mas estamos no bom caminho. As vendas têm seguido sempre num registo ascendente por isso estamos muito satisfeitos mas ambicionamos sempre um pouco mais. Começámos com quatro máquinas, hoje temos 20 mas queremos ter o parque cada vez mais cheio”, começou por nos dizer o jovem empreendedor. No ano de 2019, revela, “as coisas correram bem. O inicio foi muito bom, mas depois tivemos um período de estagnação a meio do ano, que atingiu o mercado em geral e não apenas nós ou a região, mas nos últimos meses o mercado voltou a agitar e o balanço geral deste ano vai ser bastante positivo”. Um dos factores para não se ter registado um ano contínuo e equilibrado nas vendas, acabou por ser externo a esta actividade. “Em ano de eleições o mercado é sempre afectado”, explica, acrescentando que, pelo lado positivo, sem eleições no horizonte, “para o ano prevemos uma estabilidade maior desde inicio a fim”.

A Sprintrent tem-se afirmado no mercado de forma consistente no ramo da compra e venda deixando a vertente aluguer para segundo plano porque, explica Rui Mendes, “é necessária uma estrutura com alguma dimensão para oferecermos um serviço de qualidade”. Não é no entanto uma parte do negócio totalmente descartada, frisa. “No presente estamos focados na venda que é o que sabemos fazer desde há muito tempo. O aluguer só aceitamos se for superior a 3 meses ou de longa duração porque assim conseguimos ter um controlo maior sobre a máquina com a assistência e manutenção a ser garantido por nós”. Mercado de aluguer que, dizem os dados, está em expansão em Portugal, mas que mesmo assim não é tentador o suficiente para o responsável da Sprintrent. “Não estou entusiasmado porque tenho a noção do que é preciso investir para ter uma equipa necessariamente grande.Para nós isso é incomportável nesta altura, preferimos não fazer do que correr o risco de não servir bem o cliente”.

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“A prioridade vai para a consolidação no segmento médio entre as 15 e as 30 toneladas que é onde está a maquinaria que nós movimentamos melhor”

As vendas são maioritariamente (70%) para território nacional. A parte restante, mercado exterior, é absorvida com alguns negócios com Espanha mas essencialmente para África – Angola, Moçambique, Líbano e Marrocos – e ainda algum, pouco por agora, movimento para a Ásia.

Em Portugal, mais concretamente na região de Setúbal, a Sprintrent a concorrência que existe não é quantitativa, mas sim qualitativa. “Aqui perto de nós só temos uma empresa forte na venda com quem temos um bom relacionamento, somos conhecidos e até amigos. Eles estão mais vocacionados para a venda de equipamento novo e de menor dimensão. Nós para o equipamento usado e mais pesado, uma oferta diferente, pelo que há aqui uma complementaridade que beneficia ambos e em último caso o cliente”.

O público-alvo concentra-se, revela Rui Mendes, “no sector privado para empresas de construção civil e outras que operam em pedreiras por exemplo.Para o sector público o movimento não é muito significativo. Temos alguma procura por parte dos municípios mas não é muito relevante para os bons resultados da empresa. O nosso cliente é muito específicio e informado. Tem conhecimento da máquina que quer, sabe onde está e depois desloca-se com a intenção clara de experimentar e comprar. Aquele mais indeciso e que não sabe bem o que quer raramente nos procura. Normalmente desloca-se à zona de Rio Maior onde existe uma oferta mais alargada e diversificada de maquinaria”.

Num mercado tão específico todo o detalhe pode fazer a diferença na escolha final do cliente. Para além da qualidade do produto é importante para quem compra saber que toda a maquinaria passou por um processo de reparação e manutenção em instalações de qualidade e efectuado por profissionais competentes. “Essa é a nossa prioridade”, destaca.

Para o futuro Rui Mendes não podia ser mais claro. “A prioridade vai para a consolidação no segmento médio entre as 15 e as 30 toneladas que é onde está a maquinaria que nós movimentamos melhor”.

Por: Luís Bandadas

Fotos: Mário Romão

 

 

 

 

 

 

 

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