29 Março 2024, Sexta-feira
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Mais de 150 mil sem médicos nem enfermeiros no distrito

Social-democratas dizem que faltam 139 enfermeiros a instituições hospitalares da região: 48 no Hospital Garcia de Orta, em Almada, 39 no Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo, 32 para no Centro Hospitalar de Setúbal e 20 na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano

 

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Mais de 150 mil pessoas no distrito de Setúbal não têm médico de família, advertiu ontem a distrital do PSD, que acusa o Governo de viver de “anúncios e promessas”.

“Cerca 1/5 da população do distrito (169 mil pessoas) não tem acesso à equipa de saúde familiar, ou seja, a médico e a enfermeiro de família. Isto significa que nos cuidados de saúde primários da nossa região faltam 112 médicos especialistas em medicina geral e familiar e 112 enfermeiros, preferencialmente, também eles especialistas, se tivermos em conta o rácio de 1500 utentes por equipa de saúde familiar”, avançou a distrital, em comunicado.

Para o PSD de Setúbal, a situação tem sido ignorada pelo Governo socialista, que vive de “anúncios e promessas”, o que faz com que os problemas dos hospitais do distrito “continuem sem solução”.

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De acordo com o documento divulgado, as instituições hospitalares de Setúbal sabem, desde 2017, que precisam de contratar 139 enfermeiros, dos quais 48 para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, 39 para o Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo, 32 para o Centro Hospitalar de Setúbal e 20 para a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano.

Contudo, segundo o PSD, apenas foram autorizadas 23 contratações de enfermeiros para o hospital de Almada, em Julho de 2018, fazendo com que ainda não esteja “nada definido” para as restantes instituições.

 

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Tempos de espera para consultas

 

A distrital indicou também que os tempos médios de espera para situações de doença oncológica estão a ser superiores ao normal, tendo em conta que para uma consulta de especialidade a demora média é de 150 dias e, para uma intervenção cirúrgica, 270 dias.

“Verificamos que no Hospital Garcia de Orta esperamos 632 dias por uma consulta de Dermatologia, no Centro Hospitalar de Setúbal 550 dias por consulta de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, 514 dias por consulta de Otorrinolaringologia no Hospital do Litoral Alentejano e 460 dias por consulta de Oftalmologia no Centro Hospitalar Barreiro-Montijo”, mencionou.

A instabilidade no sector da saúde nesta área geográfica também foi abordada pelo PSD na VII Convenção Social-Democrata do Distrito de Setúbal, que decorreu no sábado no Seixal. Para o vice-presidente da distrital, Paulo Ribeiro, nos últimos três anos o “retrocesso” na área da saúde nesta região “é mais que evidente”.

“Hospitais que tinham a situação financeira controlada passaram, novamente, a estar fortemente endividados. As listas de espera para a primeira consulta de especialidade e cirurgias aumentaram, prejudicando assim milhares de utentes. Falta de médicos, de enfermeiros e de condições adequadas nos vários hospitais, tanto para os profissionais como para os utentes”, concluiu.

 

LUSA

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