20 Abril 2024, Sábado
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Autarquia do Seixal exige reposição de carreiras TST

O executivo da Câmara do Seixal afirma que a administração dos TST está a desinvestir na qualidade do serviço da empresa. Para além do corte de carreiras, os horários não estão a ser cumpridos.

 

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A Câmara Municipal do Seixal lamenta que os munícipes do concelho voltem a ficar
“prejudicados na utilização de transportes públicos”. Segundo a autarquia, os novos horários nos Transportes Sul do Tejo (TST) que entraram em vigor na passada semana, “reduzem e extinguem o número de carreiras, tendo sido suprimidas quatro. Ao mesmo tempo, “a frequência das mesmas diminuiu, prejudicando os munícipes que utilizam este meio de transporte para se deslocarem no seu dia-a-dia”.

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Em comunicado, a Câmara refere que a “degradação dos serviços dos TST tem-se verificado no concelho nos últimos anos, com uma constante supressão de carreiras e atrasos nos horários, dificultando a vida dos munícipes”. Assim sendo, o executivo autárquico afirma ser “urgente que se reforce a oferta de carreiras”.

Afirma o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, que o serviço dos TST é de “extrema importância, para os 170 mil habitantes do concelho”, pelo que o número de ligações rodoviárias “precisa de aumentar em qualidade e quantidade os serviços que prestam e não o contrário”.

Acrescenta o autarca que “há vários anos, que os TST prosseguem uma política de
reorganização da rede e de ajustamentos dos horários, carreiras e percursos que, na prática, resultaram em cortes nas carreiras e em menores frequências, reduzindo significativamente o direito à mobilidade”.

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Municípios estão a investir na mobilidade

Na sua opinião, verifica-se “o desinvestimento na frota, quer através da redução do número de viaturas operacionais, quer pela notória falta de manutenção das condições de segurança e conforto dos passageiros, bem como das condições de trabalho dos motoristas do transporte rodoviário”.

Aponta ainda que este comportamento da administração da empresa de transportes públicos acontece no momento em que “os municípios estão a investir na mobilidade e no incentivo à utilização dos transporte públicos, nomeadamente através do passe social intermodal a baixo custo, numa altura em que se coloca como necessário e urgente o combate às alterações climáticas, é incompreensível a medida tomada pela TST”.

O mesmo comunicado refere que a Câmara Municipal do Seixal “exige dos TST o cumprimento integral das carreiras previstas e a reposição das carreiras retiradas, bem como a fiscalização e garantia do cumprimento das obrigações de prestação do serviço público por parte da empresa, com a devida articulação por parte da AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes, IP, tendo enviado um ofício à Área Metropolitana de Lisboa a solicitar a intervenção nesta matéria”.

A Câmara Municipal do Seixal afirma ainda que irá “enviar também ao Ministério do Ambiente, que tutela a área dos transportes urbanos, um ofício para que sejam tomadas rapidamente medidas para reverter esta situação”.

TST anuncia reposição de carreiras em Almada e Palmela

Para além do concelho do Seixal, os TST encolheram o serviço nas ligações a Lisboa também na Moita, Palmela, Montijo e Almada. Ao todo, a rodoviária da península de Setúbal tinha anunciado a alteração de horários em 28 carreiras e a eliminação de outras quatro.

Mas depois da pressão dos municípios, a empresa veio afirmar que as carreiras retiradas estão a ser repostas, mas no caso da Moita e Seixal ainda não se sabe o que irá acontecer.

Entretanto amanhã o executivo do Seixal vai apresentar uma tomada de posição pela
reposição das carreiras.

Na passada semana, em comunicado, a TST anunciou que, “em diálogo com a Área
Metropolitana de Lisboa, foi decidido o reforço” da carreira 333, que faz o percurso Lisboa
(Gare do Oriente) – Vale Amoreira, a carreira 435, que circula entre Lisboa e Samouco (via Montijo), e a carreira 160, que liga Almada a Lisboa (Praça do Areeiro, via Alcântara), assim como “a definição de um trabalho conjunto de análise dos impactos das importantes alterações da procura realizados”.

Dias depois a empresa de transportes públicos anunciou também, a reposição dos “dois
primeiros serviços da manhã e os dois últimos da tarde da carreira 565”, que efetua a ligação entre Palmela e Lisboa”.

Segundo a transportadora, a empresa reforçou a sua oferta desde o início do Programa de~Apoio à Redução Tarifária (PART), devido a um crescimento de passageiros na ordem dos 24%, o que “obrigou um enorme reforço de meios materiais e humanos”.

Isto terá implicado a mexida nos horários “servir as populações da forma mais eficiente
possível, tendo privilegiado o efeito de rede através de rebatimentos ao comboio, barco e
metro de superfície, bem como o reforço das carreiras intermunicipais”, e que “o volume de oferta da TST continua a ser claramente acima da oferta anterior ao PART”, acrescenta a empresa.

A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua actividade na península de Setúbal, com 190 arreiras e oficinas em quatro concelhos: Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

 

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