26 Abril 2024, Sexta-feira
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Época balnear arranca a duas velocidades no distrito de Setúbal

A época balnear arranca no país oficialmente a 6 de junho, mas no distrito, Almada é o único município a abrir as praias nesse dia. Setúbal, Sesimbra, Grândola e Sines só abrem a dia 13, e há excepções, como Santiago do Cacém, que só inicia dia 20 de junho

 

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Este ano, a época balnear vai arrancar a duas velocidades nos municípios costeiros do distrito de Setúbal. Almada é o primeiro – e único – município a abrir já no dia 6 de Junho (data decretada pelo Governo no âmbito das medidas de desconfinamento do Covid-19), enquanto Setúbal, Sesimbra, Grândola e Sines só começarão a época balnear oficialmente a 13 de Junho (com excepções em algumas praias). O município de Santiago do Cacém é o último a abrir a época, apenas a 20 de Junho.

As datas estão visíveis na aplicação móvel Info Praia, criada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), e significam que nem todas as praias têm ainda os apoios montados, como passadiços e palhotas, nem vigilância de nadadores-salvadores. Ainda assim, nada disso tem demovido as pessoas de procurar os areais nos dias de calor, como se tem verificado de norte a sul do país pelo menos desde meados de Maio. Permanecer no areal e ir a banhos só foi autorizado, porém, a 18 de Maio, após resolução do Conselho de Ministros.

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Ir à praia antes ou durante a época balnear implica ter de respeitar, este ano, um conjunto de novas regras de prevenção da Covid-19, numa altura em que a evolução dos casos de contágio está estável no país, mas tem aumentado na zona de Lisboa e Vale do Tejo. Entre elas estão manter o distanciamento físico de 1,5 metros entre banhistas (à excepção de quem pertence ao mesmo grupo), assegurar o distanciamento de três metros entre chapéus de sol (em que só podem estar até cinco utilizadores) e a proibição de praticar actividades desportivas com duas ou mais pessoas.

Entre as medidas que os utentes, empresários e concessionários devem adoptar encontram-se ainda o “sentido único de circulação” pedonal nos corredores da praia, a higienização dos espaços e limitação da capacidade de salas e esplanadas, o uso obrigatório de máscara e viseira por parte dos vendedores ambulantes e a interdição do estacionamento fora dos parques e zonas autorizadas. Esta última, de resto, deverá ser facilitada pelo programa municipal de mobilidade Arrábida Sem Carros, cujos pormenores ainda não são conhecidos.

Praias vão ter contador em tempo real

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As praias portuguesas vão ter um contador de pessoas para informar os banhistas se se encontram ou não muito cheias. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, “as entidades concessionárias devem sinalizar o estado de ocupação das praias de banhos que correspondem à sua concessão, incluindo a respectiva frente de praia, utilizando sinalética de cores”. Verde significará uma “ocupação baixa”, amarelo quererá dizer que a praia está ocupada “entre um terço e dois terços” e a cor vermelha indicará que a praia está lotada – neste caso, porém, ninguém é impedido de aceder ao areal.

De forma a ajudar os utentes a tomar uma decisão atempada, a APA disponibilizará essa informação “de forma contínua, em tempo real”, através de aplicação móvel Info Praia e no seu sítio www.apambiente.pt na Internet. O organismo já publicou, inclusive, uma lista com o número de banhistas estimados para cada uma das praias do Algarve, Tejo e Oeste e espera-se que venha a fazê-lo em breve para as praias das restantes zonas do país. Para ajudar na vigilância dos areais, vão estar ao serviço 742 elementos do Instituto de Socorros a Náufragos, Polícia Marítima e Marinha.

Setúbal: problemas no acesso ao Portinho da Arrábida

Em Setúbal, a época balnear só começa a 13 de junho e até lá a circulação e estacionamento de veículos automóveis no troço entre a Praia da Figueirinha e o Creiro (na antiga EN 379-1) vai estar interdita, pelo que não se pode aceder às praias de Galapos e Galapinhos. Segundo a autarquia, a medida “enquadra-se numa estratégia de prevenção com objectivos de redução da vulnerabilidade e exposição ao risco decorrente de incêndios florestais e de mitigação de propagação da pandemia da Covid-19”.

Em alternativa, centenas de pessoas têm dado a volta à serra para aceder à praia do Portinho da Arrábida, o que na opinião de comerciantes e moradores daquela zona tem causado constrangimentos. Pedro Vieira, presidente do Clube da Arrábida, defende que a Câmara Municipal de Setúbal devia “ter posto algumas medidas de contenção e segurança no acesso às praias quer do lado do Portinho, quer nos parques de estacionamento do Creiro”, prevendo a grande afluência de pessoas à praia com o tempo quente. “No fim de semana de 23 e 24 de Maio desceram à praia centenas de carros. Foi a anarquia total”, relatou.

 

Miguel Rodrigues, dono do alojamento local Casa D’Adoa, relatou também a O SETUBALENSE que mesmo durante a semana se assiste “a um mar de gente” a ir à praia, e sublinhou que “falta controlo do trânsito e do estacionamento”, assim como a “vigilância da praia e a limpeza dos lixos”. Outro dos problemas relatados na zona prende-se com uma vaga de assaltos a automóveis, contou Pedro Vieira, presidente do Clube da Arrábida.

Obras na Figueirinha e Albarquel. Parque do Creiro em co-gestão

A praia da Figueirinha foi alvo de beneficiações com a instalação de passadiços de madeira, um tapete acessível dotado de cadeira anfíbia e a construção de uma zona de sombra e descanso para pessoas com mobilidade reduzida. Foi construída também uma estrutura com casas-de-banho, zona de arrumos e área de primeiros socorros, além de terem sido montados chuveiros e bebedouros. Na Praia de Albarquel, a operação contemplou igualmente a execução “de elementos de apoio à estadia e permanência no areal”. Quanto ao Creiro, a Câmara Municipal de Setúbal aprovou a renovação do protocolo de colaboração com a Associação da Baía de Setúbal para a gestão do parque de estacionamento.

André Rosa
Jornalista
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