29 Março 2024, Sexta-feira
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Ponte 25 de Abril não está em colapso mas se não houver obras os comboios têm que ser reduzidos

Carlos Pina assegura que a ponte não está em risco de colapso, apesar de a palavra “colapso” ter sido usada no relatório mas reconhece que o comboio esforça a estrutura

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O presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) assegurou esta quarta-feira que a Ponte 25 de Abril não está em risco de colapso, mas salientou que, se as obras não decorrerem brevemente, o tráfego ferroviário terá de ser reduzido.
Carlos Pina foi ouvido na Comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas por requerimentos do CDS-PP, do PCP e do PSD, sobre um relatório relativo à necessidade de intervenções na Ponte 25 de Abril, que devem demorar mais de dois anos.
O responsável assegurou que a Ponte 25 de Abril não está em risco de colapso, apesar de a palavra “colapso” ter sido usada no relatório.
“A palavra ‘colapso’ é utilizada em termos de engenharia em vários contextos. Na Ponte 25 de Abril já se verificou o colapso nas zonas que têm as fissuras. Pontualmente, nas zonas onde tem fissuras já entrou em colapso. Aquilo que é referenciado neste relatório é que, além da situação pontual, pode ocorrer o colapso de algum elemento estrutural: um conjunto de pontos, uma chapa de aço que está colocada em cima de uma viga. É esse o colapso que está referenciado naquele parágrafo, onde é utilizada esta palavra”, explicou.
A eventual ocorrência desta situação “não evolui de imediato para uma situação gravosa para a ponte”, que “tem um conjunto de ligações de elementos que, no seu todo, garantem a sua segurança”, disse.
“Podem ocorrer pequenos colapsos, pequenos pormenores, por exemplo numa zona um parafuso estar menos apertado, sem pôr em risco a funcionalidade da obra”, se esta ocorrer “nos tempos que nós prevemos para esta execução, que é de cerca de três anos”, afirmou, assegurando ainda que “o LNEC estará sempre a acompanhar o comportamento da obra para detetar comportamento anómalo”.
Carlos Pina realçou que, apesar de o primeiro projeto da ponte, em 1966, já prever que a infraestrutura fosse reforçada para o tráfego ferroviário, a passagem diária de comboios tem representado um esforço para a estrutura.
Caso nas obras não se iniciem num “curto prazo”, de acordo com Carlos Pina, terão de ser adotadas “medidas de mitigação, como a redução do tráfego ferroviário”.
“As medidas podem passar por diminuição da dimensão dos comboios e reduzir o tráfego de mercadorias”, afirmou.
Nesse sentido, “vai existir um plano de monitorização específico para o período da obra” para mitigar os efeitos que estão a ocorrer.
“O cronograma de execução das obras vai no sentido de mitigar os efeitos que estão a ocorrer. Portanto, nas zonas mais gravosas vai atuar-se primeiro”, realçou.
O cronograma prevê um ano para se iniciarem as obras e dois para as obras, “pelo que três anos, talvez um pouco mais se atrasarem um pouco as obras”.
“Mas nessa altura já foram resolvidas as zonas mais gravosas”, sublinhou.

 

PCP quer Fertagus integrada na CP

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O PCP da região de Setúbal promoveu ontem um protesto, em várias estações da Fertagus, contra a manutenção desta parceria público-privada (PPP), defendendo a integração da empresa na CP, empresa pública de comboios.
“As infraestruturas são públicas e o privado explora o serviço; esta parceria custou ao Estado entre 1999 e 2013 a quantia de 202,5 milhões de euros; que a CP tem capacidade para efectivar o serviço com preços mais baixos, sendo válido o Passe Intermodal”, afirma a Organização regional de Setúbal do PCP, em nota enviada ao DIÁRIO DA REGIÃO, onde acrescenta que “a integração na CP seria útil para os utentes que além de pagarem menos, não pagariam estacionamento, ganhariam os trabalhadores, que além do aumento de rendimentos veriam melhoradas as condições de trabalho, ganharia o País deixando de gastar milhões de euros”.
O militantes comunistas distribuíram folhetos ao utentes nas estações da Fertagus na região.

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