19 Abril 2024, Sexta-feira
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CDS-PP anuncia apresentação de propostas contra precariedade laboral

Em almoço com centena e meia de apoiantes na Costa de Caparica, Aldolfo Mesquita Nunes, vice-presidente dos centristas, disse que o partido irá apresentar, nos próximos meses, propostas concretas a pensar no abuso do trabalho temporário e nos trabalhadores independentes

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O CDS-PP vai apresentar um conjunto de propostas para melhorar a legislação laboral, anunciou o vice-presidente do partido, Adolfo Mesquita Nunes, durante um almoço-convívio realizado na terça-feira, 1, com cerca de centena e meia de apoiantes centristas, na Costa de Caparica, Almada. Ao mesmo tempo, o número dois dos democratas-cristãos defendeu que foram as medidas aprovadas pelo Governo PSD/CDS-PP que permitiram a actual redução do desemprego.

“Há uma década que o CDS-PP celebra o Dia do Trabalhador em Almada. É isso que estamos a fazer uma vez mais, num momento em que Portugal vive uma quebra do desemprego, que se deve muito à legislação laboral apresentada pelo Governo anterior, legislação laboral essa que a esquerda parlamentar quer, insistentemente, revogar”, disse Mesquita Nunes, que substituiu Assunção Cristas no evento de comemoração do Dia do Trabalhador.

O vice-presidente do CDS-PP sublinhou a necessidade de melhorar a actual legislação do trabalho e prometeu apresentar, nos próximos meses, um conjunto de propostas para dar resposta aos problemas da precariedade das relações de trabalho e aos abusos do trabalho temporário.

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“Em primeiro lugar, é preciso olhar para essa matéria [precariedade e abuso do trabalho temporário] e teremos propostas muito concertas. Em segundo lugar, no que respeita aos trabalhadores independentes – que é a forma de trabalho que mais se vai impor nas próximas décadas, de acordo com todos os estudos –, é preciso encontrar protecção social e laboral.”

No sentido da “compatibilização entre a vida pessoal, familiar e laboral”, deixou o compromisso de o partido vir a apresentar “propostas na área do teletrabalho, do trabalho parcial e da possibilidade de acumular prestações sociais com [rendimentos do] trabalho”.

“São matérias onde a legislação laboral ainda precisa de ser melhorada e que tem que ver com a nova realidade da economia: mais trabalhadores independentes, inteligência artificial e economia digital, que traz perfis novos de trabalhadores e sobre os quais temos de reflectir”, justificou.

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O dirigente dos centristas criticou a posição dos partidos de esquerda. “Não podemos continuar a ter trabalhadores independentes que não têm protecção suficiente porque a esquerda não lhes reconhece a existência ou acha que eles não devem existir.”

Sobre o eventual aumento do salário mínimo nacional para 600 euros já em 2019, Mesquita Nunes garantiu que o CDS-PP não se opõe, desde que as condições da economia o permitam e que o mesmo não seja sustentado por mais aumentos de impostos encapotados.

Concelhia já prepara reuniões e visitas

Em comunicado, a Concelhia de Almada do CDS-PP lembrou que organiza “há nove anos” este evento de comemoração do 1.º de Maio, ao mesmo tempo que salientou a base de apoio do partido neste concelho.

“Almada é no Distrito de Setúbal, o concelho que mais contribui para a eleição dos deputados do CDS-PP, razão pela qual a aposta é forte num caminho que deverá ser traçado de forma clara, sem recuos, com afinco e convictamente seguros de que o cenário instalado só tem um sentido: a mudança, sob pena de um futuro hipotecado, fruto das más políticas, do absentismo e de um certo poder instalado, que cheio de vícios cria obstáculos a quem se opõe aos seus interesses e agenda cirúrgica.”

A estrutura local dos centristas anunciou, de resto, que no âmbito das questões laborais, tal como em outras áreas, “está já a preparar um conjunto de reuniões e visitas que versam as questões do trabalho não excluindo nem assalariados nem patrões”. Para o efeito, o CDS-PP promete apostar “em equipas empenhadas, assíduas, proporcionando lideranças fortes que desenvolvam resultados mais ambiciosos”, criticando ao mesmo tempo a actuação partidária da esquerda.

“O 1.º de Maio tem para o CDS-PP de Almada um simbolismo especial, pois ainda estão muito enraizadas as lutas laborais entre uma esquerda antiquada e retrógrada”, concluem os democratas-cristãos.

DIÁRIO DA REGIÃO com Lusa

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