26 Abril 2024, Sexta-feira
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Câmara do Barreiro quer terminal de contentores mas sem prejudicar vista da Avenida da Praia (ACTUALIZADA)

A Câmara Municipal do Barreiro anunciou que defende o novo terminal de contentores no concelho, mas rejeita a hipótese de a vista da Avenida da Praia, marginal no centro da cidade, ser afectada pela infra-estrutura.

“A Câmara Municipal do Barreiro e o seu presidente têm defendido, desde sempre, que o terminal de contentores do Barreiro só será um contributo para o desenvolvimento do concelho, compatibilizando a actividade portuária com o projecto da Terceira Travessia do Tejo e com o ordenamento da cidade, incluindo a frente ribeirinha. A Avenida da Praia não pode ser afectada nas suas vistas”, refere a autarquia em comunicado.

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A autarquia refere que pretende esclarecer as questões colocadas sobre o tema à Câmara, durante o Período de Discussão Pública do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Plataforma Multimodal do Barreiro.

As questões estão relacionadas com as imagens que existem sobre a implementação do terminal no território no EIA, em que é possível ver a expansão do terminal para a zona da avenida da Praia, a marginal no centro da cidade, afectando a sua vista sobre o rio e sobre Lisboa.

“A preservação da Avenida Bento Gonçalves, conhecida como Avenida da Praia, e a sua função essencial de ligação ao rio constitui objecto central da intervenção da Câmara Municipal do Barreiro. Estas têm sido as posições assumidas pela autarquia barreirense em vários momentos e que serão reafirmadas na resposta formal, que está a ser preparada no âmbito da discussão pública do Estudo de Impacto Ambiental”, acrescenta.

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A autarquia defende que a primeira fase do terminal, com um cais de 796 metros, vá até ao início da avenida, na zona do Clube de Vela do Barreiro, e que a segunda fase, que prevê um aumento do cais para cerca de 1500 metros, se faça para nascente e não em direcção à avenida.

A autarquia barreirense, liderada por Carlos Humberto (CDU), salienta ainda que a ampliação da actividade portuária no Barreiro é importante para a redinamização da actividade económica no território da ex-CUF/Quimigal, actual Baía do Tejo.

Candidatos do PSD e PS tomam posição sobre o tema

Bruno Vitorino, vereador e candidato do PSD à Câmara Municipal do Barreiro, já tinha exigido esclarecimentos ao governo e à autarquia, referindo que o potencial da zona ribeirinha do Barreiro iria ser “destruído”.

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“Este projecto nunca tinha sido apresentado à população. É muito estranho o facto de somente agora, em fase de consulta pública, o mesmo surja, uma vez que alterou totalmente o projecto inicial que tinha sido discutido e que sempre teve em cima da mesa”, disse, salientando que é preciso “compatibilizar as diferentes actividades económicas e turísticas”.

Bruno Vitorino diz mesmo que as imagens desse novo projecto são “absurdas” pois assim iria “arruinar completamente um dos pontos estratégicos do Barreiro, que é a Avenida da Praia e a sua vista para o rio, bem como todo o seu potencial turístico. O que é importante é compatibilizar as diferentes actividades económicas, algo que sempre esteve previsto”.

“Espero que isto não seja uma manobra de diversão do Governo, para intoxicar a opinião pública, colocando a população contra o terminal de contentores, e justificando desta forma a não concretização do projecto. Será esse o objectivo?” questiona.

Também Frederico Rosa, candidato do PS à Câmara do Barreiro, se manifestou contra o projecto, cujo EIA está em consulta pública.

“Para que fique claro desde já, a esta implantação do projecto, na extensão proposta, digo não”, frisou o candidato.

Frederico Rosa afirmou que o aumento da actividade portuária é desejável para o Barreiro e que a instalação de um Terminal de Contentores poderia criar sinergias e mais valias para a comunidade, mas referiu que a infraestrutura “tem que se enquadrar na nossa estratégia e não se transformar na estratégia em si mesma”.

“Não aceito que se pendure mais uma vez o futuro do nosso desenvolvimento num único projecto que, ainda por cima, depende de terceiros. Conhecemos este caminho e vivemos com os seus maus resultados. Uma decisão definitiva, se queremos ser responsáveis, só pode ser afirmada após a conclusão de todos os estudos ambientais e de viabilidade económica que nos permitam saber qual o real impacto que vai ter na cidade, seja ele ambiental, paisagístico, social ou económico”, disse.

O candidato socialista afirmou ainda que não existem duas concessões diferentes em discussão, mas sim um projecto cuja construção se divide em duas fases.

“O terrapleno portuário final ficará praticamente todo formado na fase 1, de forma a reaproveitar ao máximo os dragados obtidos no estabelecimento no canal de acesso, ficando já constituída a área de reserva para a fase 2, ou seja, praticamente toda a implantação física do terminal. A deslocação para nascente do Terminal de Contentores como medida mitigadora dos impactes visuais que se nos apresentam pode implicar a impossibilidade de que no futuro possamos aspirar a ter no concelho uma nova Ponte sobre o Tejo para Lisboa”, acrescentou.

Frederico Rosa pede uma discussão “responsável e sem populismos” do assunto, tendo em conta a importância do projecto para o futuro do concelho.

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