24 Abril 2024, Quarta-feira
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Caso do agressor Bruno Costa gera união pública pela defesa das mulheres

 

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Por Ana Martins Ventura

 

Bruno Costa, residente no Barreiro, começou a perseguir e agredir mulheres em 2012, “pelos menos segundo a informação de queixas registadas pelo Comando Distrital de Setúbal, o que não invalida que não tenham havido agressões anteriormente, sem queixa”, ou registadas por outros Órgãos de Polícia Criminal, revelou recentemente fonte da PSP a O SETUBALENSE-DIÁRIO DA REGIÃO. Declarações em que foram avançados registos “de cerca de 100 agressões, até ao momento”.

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Bruno Costa tem, alegadamente, perturbações mentais, num quadro de esquizofrenia, mas “até hoje não foi promovida qualquer avaliação para ser realizada uma interdição ou declaração de imputabilidade”, revela a mesma fonte da PSP. “Quando há uma agressão, o indivíduo é identificado, levado para internamento e depois, passados alguns dias, tem alta. É este o trâmite habitual”.

A última agressão registada ocorreu a 28 de Setembro, com Marta Sofia, de 19 anos. A jovem foi perseguida desde o Barreiro até Lisboa e espancada, pelas 12h00, dentro de um prédio na zona do Chiado, onde iria almoçar com um familiar.

Em consequência de mais este caso, fonte próxima do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, revelou a O SETUBALENSE-DIÁRIO DA REGIÃO que, após ter sido identificado e detido pela PSP, Bruno Costa, de 31 anos, “ainda se encontra internado na unidade de Psiquiatria do Centro Hospitalar do Barreiro Montijo”. Contudo, “esta medida não é o suficiente, estão cerca de 100 casos envolvidos neste processo. É necessário começar a actuar de outro modo e com outro tipo de investigação”.

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Conselho Municipal de Segurança deve actuar

 

O vereador da Câmara Municipal do Barreiro, Bruno Vitorino, revela que estes casos acontecem “há mais de 15 anos”. Casos sobre os quais defende, “tem que ser encontrada uma solução”.

Um contexto em que o vereador exige a necessidade do presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Frederico Rosa, reunir “de urgência” o Conselho Municipal de Segurança, “para que todas as entidades que o integram, possam contribuir, dentro das suas competências e conhecimentos, para ajudar a resolver este problema, identificando a falha que possa ter acontecido”.

Após cerca de 100 casos, Bruno Costa é internado “habitualmente sempre apenas por alguns dias e depois tem alta, sem que continue a ser devidamente acompanhado e, ao que tudo indicada, medicado”, comenta fonte do Comando Distrital da PSP.

Uma situação sobre a qual o vereador Bruno Vitorino reforça, “temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que este problema seja resolvido, de forma definitiva, de modo a que a paz e a segurança sejam devolvidas à população”.

Bruno Vitorino recorda que os eleitos da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal assistiram, recentemente, a uma sessão de relatos de jovens que foram agredidas “e que hoje vivem um clima de terror. Para além das consequências físicas, sofreram também consequências psicológicas que perduram”. Motivo pelo qual considera que esta “é uma falha do sistema que tem que ser colmatada urgentemente”. Um situação sobre a qual reforça, “não é normal. O mesmo individuo está a agredir repetidamente e continua a não haver uma solução definitiva para o caso”.

 

Petição Pública contra agressor confesso

 

Em consequência das agressões levadas a cabo por Bruno Costa, em Outubro, a população barreirense accionou uma Petição Pública, dirigida ao Provedor de Justiça, do Ministério Público- DIAP Barreiro a requerer um pedido de internamento compulsivo, durante um período alargado de tempo. Uma petição neste momento já entregue, com 6129 assinaturas.

No decorrer desta investigação, a 2 de Outubro, em entrevista telefónica no programa “Fala Portugal”, o próprio Bruno Costa afirmou, “é bem feito para elas [mulheres] e têm sorte de nenhuma ter aparecido morta, porque elas deviam era aparecer todas mortas”.

O irmão de Bruno Costa, Fábio Costa, pediu ao Ministério Público coerência, apelando ao internamento compulsivo, o que por si só deveria significar intervenção judicial imediata para que o internamento aconteça e seja submetido a tratamento especializado em estabelecimento apropriado.

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