28 Março 2024, Quinta-feira
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Bruno Costa em julgamento por sessenta agressões a mulheres

Caso será único no país e pode terminar com internamento compulsivo em Caxias.

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O julgamento de Bruno Costa, ex-residente do Barreiro, acusado de mais de 60 agressões a mulheres começou hoje, no Tribunal de Almada. Um caso único no país, que está a ser julgado apenas por juízas.

Conhecido como “Monstro do Barreiro”, depois das manifestações públicas que despoletaram na cidade em Outubro de 2018, durante a audiência Bruno Costa apenas referiu que, “não sabia que estava a fazer mal”. Declarações que marcaram o dia das 25 vítimas ouvidas. Para a próxima audiência “estão previstos os testemunhos de mais dez vítimas”, segundo avança João Silva, membro do movimento Acção Contra Violência de Género-Barreiro, que apoia as vítimas de Bruno Costa.

Diagnosticado com um quadro de esquizofrenia, o agressor já passou por diversos internamentos na ala de psiquiatria do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, devido a surtos psicóticos que o levam às referidas agressões. Contudo, apesar das queixas se terem acumulado ao longo de dez anos, nenhuma medida foi tomada pelo Serviço Nacional de Saúde e foi preciso uma década para a Polícia Judiciária agarrar o caso e levar Bruno Costa ao Ministério Público, tendo sido aplicada a medida de coacção “Termo de Identidade e Residência” e proibição de circular e residir no concelho do Barreiro, até julgamento

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Medida que Bruno Costa terá, alegadamente, quebrado em Julho, ao voltar ao Barreiro para ameaçar antigas vítimas, segundo afirmam os responsáveis pelo movimento Acção Contra Violência de Género-Barreiro. No entanto, “devido à falta de provas concretas esta quebra não foi considerada em tribunal”, segundo comenta João Silva membro deste grupo cívico que protege as vítimas e presta apoio jurídico às mesmas.

Quanto à data da próxima audiência ainda não é conhecida, mas, para já fica, a hipótese de Bruno Costa ser internado, a longo prazo, na ala psiquiátrica do Estabelecimento Prisional de Caxias, segundo avança fonte próxima ao tribunal.

 

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Comportamento ‘infantilizado’

 

No decorrer da audiência, em diversos momentos Bruno Costa terá desvalorizado a dimensão das agressões cometidas. Segundo João Silva, na presença dos pais o agressor terá comentado “viste mãe temos que andar tantos quilómetros para estar aqui e por uma coisa de nada”.

Uma desvalorização acompanhada de “aquilo que consideramos ser um comportamento infantil”.

 

Falha de comunicação entre autoridades

 

O histórico de possíveis 15 anos de agressões levou a Polícia Judiciária a abrir investigação em Outubro de 2018. Na direcção do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, Vítor Paiva lamentou que o sistema de comunicação entre Órgãos de Polícia Criminal não permitisse, em muitos casos, reunir históricos, de modo a que se conhecesse a dimensão total das situações.

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