26 Abril 2024, Sexta-feira
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Moita: Comerciantes adaptam actividades para contrariar efeitos da pandemia

Procura aumenta, e é visível sobretudo, junto à entrada dos bancos, farmácias e correios

 

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Não são muitos, mas também não se podem contar pelos dedos das mãos o número de comerciantes do concelho da Moita que, diariamente, continuam a exercer a sua actividade e a assegurar que os bens essenciais cheguem à população, apesar das restrições impostas pelo estado de emergência. Na vila e para melhorar as condições de atendimento à população, a Junta de Freguesia decidiu colocar materiais para ensombramento na via pública, numa medida que “visa proteger os utentes das condições climatéricas” que pretendem utilizar os serviços de uma farmácia da região, numa acção que contou, entre outros, com o apoio do Clube Recreativo do Penteado.

Entretanto, mais de duas dezenas de estabelecimentos de restauração da vila têm apostado, desde a última semana, no desenvolvimento das suas actividades económicas através da adesão ao serviço ‘take-away’. Foi a este propósito que decorreu também uma reunião de acompanhamento da situação social no concelho e de “construção e de preparação de novas medidas”, ao apoio a pessoas extremamente vulneráveis e à divulgação de serviços públicos e privados que decidiram adaptar-se a um momento que é complicado para todos.


Com quase 18 mil habitantes, a vila da Moita contrasta com outras freguesias mais populosas do concelho, onde a procura é muito maior e a necessidade de resposta às pessoas é superior. É o caso da Baixa da Banheira, que vive paredes meias com a freguesia do Lavradio, no concelho do Barreiro, e onde grande parte das pessoas têm enfrentado longas filas, não só para as deslocações ao banco ou ao multibanco, mas também às farmácias e correios, mesmo em dias de chuva e onde só é permitida a permanência de clientes que estejam a ser atendidos no momento.

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Apesar dos incómodos causados, os habitantes mantêm a serenidade e muitos lojistas têm vindo a adaptar-se à situação.

Atendimento à vez

Se nas frutarias e supermercados, o uso de luvas é já uma exigência, na maior parte dos espaços comerciais que estão a funcionar, a solução passa pela colocação de uma barreira acrílica para evitar a proximidade entre clientes. Gisela Silva, proprietária da Papelaria da Gi, disse ao O SETUBALENSE que “a venda de jornais e dos passes mensais, para além do tabaco e do pagamento de facturas de água, electricidade, entre outras” são a razão que levou à reabertura do estabelecimento, que “funciona apenas durante o período da manhã”, no entanto, “só permitimos a entrada de um cliente de cada vez no interior da loja”, adiantou.

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Ainda assim e naquela freguesia têm sido vários os espaços de restauração que também optaram pela entrega de refeições recorrendo ao serviço de ‘take-away’.

Larissa Rotura, funcionária de uma pastelaria, está separada dos fregueses por uma mesa onde são colocados os produtos que também ali estão à venda, tais como pão, bolos e tabaco. “A maior parte das pessoas que nos procura faz parte de uma faixa etária mais jovem. Também asseguramos o pagamento de facturas, carregamentos de telemóveis e há muita gente que diariamente leva a sua sopa para casa, no caso, pessoas com mais idade”, afirmou, enquanto tinha as suas mãos devidamente protegidas por luvas para evitar contactos com notas, moedas e os próprios clientes.

Num outro espaço de venda da freguesia, a entrada está limitada a três pessoas, que estão separadas respeitando as orientações da Direcção-Geral de Saúde. “As pessoas vêm comprar pão de manhã, o que é normal, mas o afluxo de clientes vai diminuindo ao longo do dia, assim como as filas”, acrescentou um dos funcionários.

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