25 Abril 2024, Quinta-feira
- PUB -
InícioLocalBarreiroMoita e Barreiro acabam com parceria na gestão da “Quinta do Mião”

Moita e Barreiro acabam com parceria na gestão da “Quinta do Mião”

Autarquia moitense vai criar equipamento no seu concelho para responder aumentar lotação

 

- PUB -

O presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, anunciou na última reunião daquele executivo o fim da associação com o município do Barreiro, que tinha como missão a captura, recolha e alojamento de animais errantes e a gestão e exploração da Quinta do Mião, situada na Quinta das Rebelas, na freguesia de Santo André, junto ao Mercado Abastecedor. O autarca informou que no futuro serão criadas no território moitense “novas instalações para a recolha e alojamento de animais vadios”, com o objectivo de melhorar o serviço que tem vindo a ser prestado até agora por aquele equipamento intermunicipal.

A constituição da associação, recorde-se, aconteceu em 2016, altura em que foi criada a Quinta do Mião que, na altura, constituiu “um grande avanço nas condições em que os dois municípios exerciam as suas competências nesta matéria”, reforçou.

- PUB -

Decorridos quatro anos e em resultado das alterações legislativas entretanto ocorridas, o espaço disponível é agora considerado “insuficiente” e nestas circunstâncias, as entidades autárquicas colocaram a opção de “ampliar as instalações ou repensar a solução” para este local. “O facto do espaço da Quinta do Mião ser manifestamente insuficiente para albergar os animais provenientes dos dois concelhos”, segundo o município barreirense, foi o motivo que esteve na origem da decisão.

O SETUBALENSE apurou que as duas câmaras acordaram que a melhor opção seria “terminar o projecto”, permitindo desta forma “uma melhoria significativa do bem-estar animal do Barreiro”. Por sua vez, também a Moita vai construir o seu próprio equipamento “mantendo-se o funcionamento da Quinta do Mião nos moldes actuais até que essas novas instalações entrem em funcionamento”. Face a esta decisão, haverá agora lugar a “um acerto de contas entre os municípios relativamente ao investimento inicial efectuado”, adiantou a Câmara da Moita.

Ainda antes do início da pandemia provocada pelo Covid-19 “estávamos a trabalhar no sentido de este processo estar concluído perto do final deste ano”, revelou a autarquia. Todavia e tendo em conta as novas circunstâncias “admite-se que ocorra algum atraso, mas mantém-se a intenção de construir as novas instalações o mais rapidamente possível”, assegurou o executivo liderado por Rui Garcia, acrescentando que “neste momento é ainda prematuro referir localização ou custos”.

- PUB -

Já o Barreiro afirma que “é previsível que no futuro” a Quinta do Mião consiga dar mais e melhores respostas, pois terá o mesmo espaço anteriormente destinado a dois concelhos, dedicado apenas a um só município. Numa fase inicial, aquela autarquia considera que “é expectável que a verba destinada para o centro de recolha seja mantida em valores semelhantes aos despendidos até ao momento”, assinalou.

 

A falta de espaço para acolher mais animais continua a ser problema

Recorde-se que o aumento do número significativo do abandono animal tem sido um dos problemas que mais tem afectado a Quinta do Mião. As autarquias têm assegurado a manutenção do espaço, reforçando as campanhas de adopção e de controlo das colónias existentes em ambos os concelhos, para diminuir as dificuldades sentidas ao nível da sua lotação, que tem capacidade para acolher 70 cães e duas dezenas de gatos.

No entanto, o número de animais tem vindo a aumentar. “Existem algumas colónias que têm estado a ser intervencionadas por uma médica veterinária voluntária a quem o município fornece materiais”, adiantou a vereadora da Câmara do Barreiro, Sara Ferreira, no final do ano passado. Por sua vez, a autarquia moitense tem estado empenhada nos últimos tempos na instalação de abrigos, nomeadamente, no Parque Ribeirinho da Baixa da Banheira.

Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, que tem ocupado diariamente os eleitos de ambos os concelhos, o espaço tem estado encerrado ao público, numa medida que pretende “garantir a protecção da saúde e segurança dos trabalhadores” que ali prestam o serviço de apoio e tratamento aos animais.
No último mês de Março, a Quinta do Mião passou a assegurar as necessidades dos cães e gatos residentes e, apenas, às situações de carácter mais urgente.

- PUB -

Mais populares

Cavalos soltam-se e provocam a morte de participante na Romaria entre Moita e Viana do Alentejo [corrigida]

Vítima ainda foi transportada no helicóptero do INEM, mas acabou por não resistir aos ferimentos sofridos na cabeça

Árvore da Liberdade nasce no Largo José Afonso para evocar 50 anos de Abril

Peça de Ricardo Crista tem tronco de aço corten, seis metros de altura e cerca de uma tonelada e meia de peso

Homem de 48 anos morre enquanto trabalhava em Praias do Sado

Trabalhador da Transgrua estava a reparar um telhado na empresa Ascenzo Agro quando caiu de uma altura de 12 metros
- PUB -