28 Março 2024, Quinta-feira
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Canha prestes a perder único Banco que existe na freguesia

Caixa Geral de Depósitos prepara-se para encerrar delegação. Presidente da Câmara continua a aguardar por reunião solicitada à administração. Vereador da CDU diz saber que a dependência está na lista das que vão fechar

A delegação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Canha, concelho do Montijo, vai fechar portas. Apesar de o presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta, ter afirmado que não dispõe de qualquer comunicação nesse sentido, na reunião do executivo camarário realizada esta quarta-feira, 15, o vereador da CDU, Carlos Jorge de Almeida, avançou que já obteve essa indicação de altos quadros da unidade bancária.

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O tema, de resto, levou a bancada do PSD, pela voz do vereador Pedro Vieira, a apresentar uma moção em defesa da manutenção daquele serviço na freguesia, que acabou por ser aprovada por unanimidade, mas com o PS e a CDU a demarcarem-se, através de declaração de voto, de um excerto do texto, que foi acrescentado pelo social-democrata. “Não aderimos à parte prepositiva [aos considerandos]”, disse Carlos Jorge de Almeida, com a vereadora do PS, Maria Clara Silva a anuir: “Faço minhas as palavras do vereador [da CDU].”

Antes, já Nuno Canta havia revelado que a Câmara, logo que a situação foi levantada numa sessão da Assembleia Municipal por um deputado da CDU, solicitou uma reunião de urgência à administração da CGD. “Até hoje, não houve resposta para agendamento dessa reunião. Não temos muito a fazer, senão sensibilizar a administração para que a agência bancária mais próxima está bastante afastada. É preciso ter uma agência em Canha, numa localidade histórica, que tem uma população muito envelhecida”, disse o presidente da autarquia, resumindo os argumentos que pretende apresentar à CGD.

Desconsiderações, gritaria e murros na mesa

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O pior viria depois. Desconsiderações, gritaria e murros na mesa, quando se discutia uma proposta, que viria ainda assim a ser aprovada por unanimidade, para apoio financeiro à Igreja de Canha. Nuno Canta sentiu-se ofendido com o comentário de Carlos Jorge de Almeida, já que o comunista classificou como “indigna” a proposta apresentada pelo socialista. A discussão abriu-se e o presidente da autarquia respondeu ao vereador da CDU: “… o senhor é que não é de cá, vá mas é para a sua terra.”

A indignação passou da bancada do PS para o lado da oposição. Houve murros na mesa, gritaria, acusações de défice democrático em direcção de Nuno Canta, que, por sua vez, lembrou: “Os senhores estão sistematicamente a faltar ao respeito ao presidente da Câmara, considerando que é indigno de ocupar o cargo, e depois ficam muito indignados quando o presidente da Câmara responde…”, defendeu. Pedro Vieira também interveio para criticar a resposta do socialista ao comunista e atirou: “O senhor [presidente] devia era sair por aquela porta.”

A discussão prolongou-se por mais alguns instantes, mas os ânimos acabaram por serenar. Antes, a oposição já chumbara a aprovação da acta da reunião anterior, por considerar que as alterações a estes documentos deveriam vir espelhadas não na acta da reunião seguinte mas sim na acta a que se reporta.

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Câmara atribui apoios no valor de 21 750 euros

Durante a reunião foi aprovado, por unanimidade, um conjunto de apoios financeiros a instituições do concelho, no valor total de 21 mil e 750 euros. À Fábrica da Igreja da Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira de Canha foi atribuído um apoio de 10 mil euros para comparticipação na reparação do telhado da Casa Paroquial e do friso frontal da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira.

Foi aprovada ainda uma adenda ao contrato-programa desportivo entre a câmara e a Banda Democrática 2 de Janeiro que consubstancia um apoio de 4 250 euros para obras de beneficiação no Pavilhão Desportivo da colectividade. Foi, também, aprovada uma adenda ao protocolo de colaboração com a Companhia Mascarenhas-Martins, para um apoio financeiro de 7 500 euros a esta instituição cultural para a execução de um projecto artístico, assim como um apoio não financeiro, estimado em 3 000 euros, para questões relacionadas com deslocações e divulgação do espectáculo.

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