19 Abril 2024, Sexta-feira
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Vereadores da CDU exigem mais protecção para trabalhadores dos serviços essenciais

Carlos Jorge de Almeida e Ana Baliza enviaram reivindicações a Nuno Canta. Câmara esclarece que está a cumprir a lei e diz que a segurança dos funcionários está garantida todos os dias

 

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A vereação da CDU no Montijo diz-se preocupada com os trabalhadores que asseguram os serviços essenciais no concelho e desafia o presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta, a adoptar de imediato outras medidas de protecção que mitiguem o risco de exposição dos funcionários.

“Para estes trabalhadores e para o restante pessoal exige-se a redução dos turnos a 50% dos efectivos, mantendo semana a semana cada uma das equipas em casa, única forma de contenção da disseminação do vírus”, pode ler-se num comunicado que Carlos Jorge de Almeida e Ana Baliza (CDU) dirigiram ao presidente da autarquia (PS).

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Ao mesmo tempo, exigem que sejam fornecidos diariamente aos trabalhadores que garantem os serviços essenciais “equipamentos de protecção individual, luvas, máscaras, óculos e tivek, quando necessários, e tão descartáveis quanto o obriguem as regras em vigor”.

A comunicação dos comunistas surge na sequência de “informações que correm, ainda relacionadas com o sector de jardins da Câmara Municipal”.

Os vereadores da CDU lembram que “em 19 de Março” apresentaram “um conjunto de propostas”, como, entre outras, o assegurar da recolha de resíduos e a redução da presença de funcionários e chefias em exercício em 50% por quatro semanas e por um período de duas semanas para cada conjunto de trabalhadores.
“Ora, passadas semanas, constata-se que no sector dos jardins, de acordo com a associação sindical de classe (STAL), não ocorreu o levantamento de doenças crónicas que aconselhasse uma abordagem específica para esses trabalhadores; e não ocorreu qualquer divisão em duas equipas de 50% de trabalhadores que permitisse, a este sector funcional em particular, uma separação e higienização no fim de cada turno dos espaços comuns”, apontam os comunistas.

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“A única medida relevante terá consistido na criação de dois turnos, mas distanciados apenas no tempo em 60 minutos, o que se traduz numa solução de todo ineficaz face à necessidade de protecção dos trabalhadores e famílias enquanto durar a pandemia”, consideram.

A finalizar, os vereadores disparam: “O presidente de Câmara, para lá das competências que lhe assistem, é o responsável máximo pela Protecção Civil concelhia. Promova, de pronto, as medidas que a situação exige.”

Câmara aponta falta de vergonha

Também em comunicado e em resposta à situação levantada pelo STAL, a Câmara Municipal do Montijo garante que cumpre “escrupulosamente a lei” e que, nos termos do Estado de Emergência do País, determinou que os trabalhadores dos serviços essenciais, como os jardins, higiene urbana e abastecimento de água, “são obrigados a utilizar diariamente os Equipamentos de Protecção Individual”.

A autarquia destaca que as determinações que tomou “abrangem, inclusivamente, as instalações municipais, os edifícios dos vários serviços, os refeitórios escolares e os refeitórios dos serviços operacionais essenciais às populações”. E reforça: “É bom esclarecer que a Câmara Municipal do Montijo garante todos os dias a segurança e a saúde dos seus trabalhadores, em especial de todos aqueles que na pandemia continuam na linha da frente dos serviços essenciais”.

A terminar, a edilidade deixa um recado em tom cáustico: “A Câmara Municipal lamenta profundamente que, numa altura em que os trabalhadores lutam contra a pandemia, alguns sem vergonha procurem aproveitamentos políticos ignorantes e com eles desrespeitem os valores de Abril”, conclui.

CDU quer mercados agrícolas a vender

Paralelamente, a vereação da CDU já propôs a Nuno Canta que sejam “asseguradas todas as condições que permitam a venda em mercados de levante na área dos produtos agrícolas de primeira necessidade”.

“A consolidação destas condições é tanto mais importante quanto se compreende que são indispensáveis para escoar a produção agrícola nos mercados locais, e quando é expectável uma maior procura, decorrente das festividades da Páscoa”, sustentam os eleitos da CDU.

“Além da dinamização da produção nacional cumpre actuar pedagogicamente para o futuro, criando hábitos de consumo que se afastem do paradigma da ‘comida pronta’ e apoiar a economia local e os seus agentes”, alertam.

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