29 Março 2024, Sexta-feira
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Costa diz que aeroporto é para avançar e autarcas de Montijo e Alcochete divergem

Nuno Canta e Fernando Pinto aplaudem investimento. Carlos Jorge de Almeida também, mas no Campo de Tiro. João Afonso céptico

Tal como Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, já havia sustentado na apresentação de uma proposta de medidas de apoio ao combate à Covid-19, na última reunião do executivo autárquico, também o primeiro-ministro António Costa veio agora considerar que o tempo é de investir e que o aeroporto na Base Aérea n.°6 deve avançar. O investimento é visto com agrado por autarcas de Montijo e Alcochete, mas há quem não atribua grande credibilidade às declarações de Costa. E também quem se bata por outra localização.

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Em entrevista à Rádio Observador, o chefe do Governo sublinhou que “o novo aeroporto internacional será sempre necessário” e revelou: “Os contactos que tenho tido com a ANA são no sentido de que é [para] manter o calendário de investimento como previsto e nós vamos mantendo os diálogos que tínhamos com as câmaras municipais, sobretudo com a da Moita, para mitigar os efeitos ambientais.”

O primeiro-ministro lembrou que “têm de ser criadas as condições” para que “seja possível realizar” a infra-estrutura aeroportuária, acrescentando: “Ganhámos tempo, relativamente ao atraso que tínhamos”, disse ainda a o Observador, referindo-se aos constrangimentos conhecidos.

Um anúncio que veio ao encontro das expectativas de Nuno Canta.
“Não poderia estar mais de acordo com as afirmações do sr. primeiro-ministro sobre o aeroporto do Montijo, pois efectivamente trata-se de um investimento fundamental e estratégico para recuperar a economia e combater o desemprego no concelho, na região e no País”, comentou o autarca socialista a O SETUBALENSE.

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Carlos Jorge de Almeida, vereador na autarquia montijense eleito pela CDU, também se mostrou agradado. Mas apenas em parte.

“O ponto em que cumpre convergir é a necessidade de investimento, que possa dinamizar a economia. Mas, pela mesma razão – de dinamização e dimensão do investimento e da própria economia – concluímos pela necessidade da construção faseada do novo aeroporto internacional de Lisboa no Campo de Tiro [de Alcochete]”, afirmou.

Já o vereador do PSD, João Afonso, também em declarações a O SETUBALENSE, não escondeu cepticismo.

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“É muito arriscado fazer uma afirmação destas numa altura em que a ANA Aeroportos e a aviação civil estão na situação em que sabemos e quando os estudos feitos para os dois sectores apontam prazos de recuperação de alguns anos, com elevado grau de imprevisibilidade”, afirmou, não poupando críticas a António Costa. “A afirmação do primeiro-ministro vale o que vale. Não sei se disse isso como atoarda de propaganda política ou se a afirmação tem alguma consistência, com as previsões que existem. Precisamos é de investimentos com retorno imediato e não de nos sujeitarmos a abrir um aeroporto que fique às moscas como o de Beja”.

Fundamental para a economia

No concelho vizinho de Alcochete, o presidente da Câmara, Fernando Pinto também realçou a importância da realização de investimento para “alavancar a economia”, pelo que as palavras de Costa foram bem recebidas.

“Todos os investimentos são fundamentais para o desenvolvimento. Agora, mais do que nunca, perante as consequências desta pandemia, tornam-se ainda mais importantes, para alavancar a economia local, regional e nacional”, declarou o edil alcochetano.
O SETUBALENSE tentou ainda chegar à fala com Rui Garcia, presidente da Câmara Municipal da Moita, mas até ao fecho desta edição não obteve resposta do autarca.

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