28 Março 2024, Quinta-feira
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Presidente do Centro Social de Palmela reconhece situação financeira grave mas não desiste

Sobre o episódio de sexta-feira, em que as instalações meteram água, Guilherme Bettencourt diz que está reposta a normalidade

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O presidente do Centro Social de Palmela (CSP), a Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) fundada em 1974, que, na sexta-feira, foi noticia devido a infiltrações de água, nas instalações em Palmela, que obrigaram ao encerramento de três salas, admite que a situação financeira da instituição é “grave” mas recusa desistir.

“A situação financeira e de tesouraria do CSP é grave e daí os pedidos feitos para apoio do Estado através do Fundo de Socorro Social”, disse Guilherme Bettencourt ao DIÁRIO DA REGIÃO, acrescentando que “estes corpos sociais têm mandato por mais dois anos, não desistimos”.

Alguns membros dos órgãos sociais já apresentaram a demissão devido “às dificuldades”, diz o dirigente da associação que, para já, não pretende demitir-se.

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Guilherme Bettencourt admite, no entanto, afastar-se se aparecer uma equipa nova.

Para esta terça-feira (13) está marcada uma assembleia geral extraordinária da instituição em que a ordem de trabalhos é, precisamente, “informação e definição sobre a situação financeira e de tesouraria” e “disponibilidade para integrar órgãos sociais”, lê-se na convocatória assinada pelo presidente da mesa da Assembleia Geral, Elísio Barros.

O presidente da direcção explica que o ponto 2 da ordem de trabalho visa colmatar as demissões de membros eleitos, para “ver se temos associados que queiram ajudar e participar na gestão dos destinos do CSP”.

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“No entanto se aparecer um grupo de associados que queiram assumir os destinos do CSP, com uma equipa totalmente nova, não será por esta direção que tal situação será inviabilizada. O Centro Social de Palmela é uma associação, instituição particular de solidariedade social, que cumpre os seus estatutos nas eleições dos seus corpos sociais.”, assegura Guilherme Bettencourt.

 

Tempestade expõe problemas

O Centro Social de Palmela vive dificuldades financeiras e de tesouraria e na sexta-feira os problemas  ganharam maior visibilidade depois de as instalações, na vila de Palmela, terem metido água.

Com  a forte tempestade que se fez sentir, logo de manhã cedo, a água da chuva infiltrou-se e levou a instituição a encerrar três das quatro salas de pré-escolar. As outras salas, de creche, e os demais serviços, continuaram a funcionar.

Sobre este episódio, o presidente da direcção diz que a normalidade ficou reposta logo no fim-de-semana.

“Neste momento estão reunidas todas as condições de segurança e habitabilidade necessárias para o funcionamento normal das salas de pré-escolar não abertas na sexta-feira”, disse o responsável ao DIÁRIO DA REGIÃO logo no Domingo.

No sábado, o presidente da associação já tinha explicado que as causas da infiltração de água foram o entupimento da varanda e de um canal colector, conjugado com a chuva “torrencial” que caiu em meia-hora.

“O descarregador da varanda estava entupido daí a razão do acumular de água. O canal colector contíguo estava também entupido e cheio de água agravando a situação e promovendo a infiltração por capilaridade na placa a paredes. Acresce que entre as 07h30 e as 8h00 choveu torrencialmente em Palmela por pequenos períodos de tempo associadas a fortes ventanias.”, disse.

 

Câmara preocupada

O presidente da Câmara Municipal de Palmela disse ao DIÁRIO DA REGIÃO que a autarquia “está preocupada” com a situação da IPSS, e que tem ajudado a resolver problemas.

“Em Julho atribuímos um apoio financeiro, de 10 mil euros, para obras urgentes na cobertura, orçadas em 12 mil euros”, disse Álvaro Amaro, acrescentando que o Centro Social de Palmela precisa de “apoio de emergência por parte da segurança Social”.

O autarca informa que a Câmara Municipal elaborou uma candidatura ao pacto da Área Metropolitana de Lisboa, para reabilitação das instalações do centro, em que o município assume o financiamento de metade dos 50% não comparticipados por fundos comunitários do custo das obras.

Álvaro Amaro defende, no entanto, que a situação deste género de instituições exige medidas de fundo, como, designadamente um programa de apoio idêntico ao PARES, que foi criado a área da terceira idade.

Além da assembleia geral extraordinária marcada para esta terça-feira, o CSP tem agendada, para a próxima segunda-feira (19) uma reunião com a directora do Centro Distrital de Setúbal Segurança Social, Natividade Coelho.

Uma reunião “solicitada pela autarquia de Palmela”, revelou Guilherme Bettencourt.

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