29 Março 2024, Sexta-feira
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Saúde domina debate das autárquicas no Seixal

Candidatos a presidentes de Câmara consideraram “urgente” a construção do Hospital do Seixal e a melhoria da rede de cuidados de saúde primários, através da criação dos Centros de Saúde de Corroios, Foros de Amora, Paio Pires e Pinhal de Frades

 

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Depois da intervenção livre dos seis candidatos à Câmara do Seixal, com a apresentação do programa eleitoral de cada um dos partidos, o debate da ‘Operação Autárquicas 2017’ – que o DIÁRIO DA REGIÃO está a promover em parceria com as rádios Popular FM, Rádio Sines, Setúbal Revista, Agência ADN e Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), que teve lugar na segunda-feira à noite, no Fórum Cultural do Seixal, foi fixado o tema da saúde como tópico pelo moderador José Luís Andrade (responsável pela área multimédia do DIÁRIO DA REGIÃO).

Por ordem do sorteio, o primeiro a responder sobre este tema foi André Nunes, candidato do PAN – Pessoas-Animais-Natureza à Câmara do Seixal, que considerou que “apesar de o PAN não se opor à criação do equipamento, mais do que apostar numa saúde reactiva com a construção de hospitais, nós somos defensores de uma saúde preventiva”, apontando a criação de um nutricionista municipal, um plano de rastreios mensais e um passe desportivo municipal como medidas preventivas a ser aplicadas.

Eduardo Rodrigues, candidato do PS lembrou que “as responsabilidades pelo sector da saúde são governamentais, mas mesmo assim, os concelhos têm uma palavra a dizer quando o Governo não actua, através da criação de acordos para que as situações se traduzam em realidade”. No que toca ao hospital, o socialista explicou que “o que está previsto para o Seixal é um hospital de alta resolução, isto é, que resolva os problemas do doente do princípio ao fim, mas sempre em paralelo com o Hospital Garcia da Orta”.

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Já Luís Cordeiro, do Bloco de Esquerda (BE) considerou “fundamental que o hospital do Seixal seja concretizado”, mas enfatizou que “devido à existência do Hospital Garcia da Orta, o centro hospitalar do Seixal não passará de um hospital de rectaguarda, desde que a rede de cuidados esteja a funcionar”.

Sobre esta matéria, o candidato do PSD, Manuel Pires reiterou que o programa do PSD Seixal inclui a implementação de um programa de saúde mental no concelho e um programa de obesidade infantil. Relativamente à questão das unidades de saúde familiares (USF), afirmou ser “de estranhar que sendo uma prioridade da autarquia do Seixal ainda não ter avançado”.

Humberto Batardo, do CDS-PP esclareceu que se trata de “um hospital com 72 camas para 120 mil habitantes, não sendo um Hospital do Seixal, mas um pólo hospitalar relativamente ao Garcia da Orta”, acrescentando que “o mais premente no concelho seja a falta de centros de saúde”.

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A terminar, Joaquim Santos, actual presidente e candidato à autarquia (CDU) garantiu que “as equipas municipais têm trabalhado na prevenção e mobilização das crianças do 1º ciclo para a promoção de hábitos de vida saudáveis”. Sobre os cuidados de saúde primários, Joaquim Santos assegurou que “já foi protocolada a construção da Unidade de Saúde Familiar de Corroios (USFC), que terá comparticipação de fundos comunitários. Sobre o Hospital do Seixal, o caso é mais grave, mas “tenho de dizer que o equipamento resolve 80% dos problemas da população. E então que venha esse equipamento, porque hoje qualquer pessoa que tenha um problema não tem resposta pública”.

 

O problema da Siderurgia Nacional e outros temas

Ao longo de quatro horas, o debate do Seixal passou por outros temas, alguns levantados pelo moderador José Luís Andrade (responsável da área multimédia do DIÁRIO DA REGIÃO) e outros apontados pela assembleia.

Sobre a monotorização da Siderurgia Nacional, Luís Cordeiro (BE) entendeu que “é fundamental colocar mais extensões da qualidade do ar e em conjunto com a autarquia”.

Manuel Pires (PSD) alertou para “os problemas de saúde pública, em virtude do lixo acumulado pela fábrica”. Já Humberto Batardo (CDS-PP) afirmou que “o CDS Seixal pediu ao grupo parlamentar para requerer um parecer ao Governo sobre a situação da Siderurgia, pois a situação de lixo visual e poluição tem de ser resolvida”.

Para Joaquim Santos, trata-se de uma questão preocupante. “Queremos riqueza e qualidade do ambiente. Já reunimos para colocar técnicos a fazer estudos sobre a qualidade do ar e ruído e nada foi feito”.

Por fim, André Nunes (PAN) declarou que “a resposta está em ampliar as extensões de medição da qualidade do ar, perceber o impacte real nas pessoas, rectificar o que está mal ou não dar aso a que a Siderurgia continue a funcionar”.

Eduardo Rodrigues (PS) enfatizou que a Siderurgia Nacional se tratou da “questão mais abordada, quando o PS esteve na gestão da autarquia e que é importante para o concelho, mas terá que cumprir os requisitos”.

Outros temas em debate prenderam-se com a falta de pavilhões desportivos no concelho e a uma situação de emprego precário nas Piscinas de Amora e Pinhal de Frades, o que para os opositores de Joaquim Santos não se coaduna com as bandeiras da CDU.

Luís Cordeiro (BE) considerou “fundamental a construção de mais pavilhões e que os restantes na posse das colectividades sejam postos ao serviço das escolas”.

Manuel Pires (PSD) alinhou pela mesma agulha, acrescentando que “a autarquia deveria investir na construção de mais pavilhões nas escolas”.

Humberto Batardo (CDS-PP) insistiu no défice de pavilhões no concelho. “Todas as escolas deviam ter um e na realidade não estão a ser construídos”, culpando a Câmara do Seixal pela falta dos equipamentos.

Joaquim Santos (CDU) defendeu-se das acusações, afirmando que “as colectividades assumem o papel de parceiras da Câmara”.

André Nunes (PAN) também saiu em defesa das colectividades, sugerindo “a criação de um passe desportivo municipal, isto é, um título que permita o acesso a infra-estruturas públicas e privadas com financiamento da autarquia”.

Eduardo Rodrigues (PS) chamou a atenção para o facto de “a Amora não ter um pavilhão desportivo”.

Acerca da contratação precária de 50 técnicos nas piscinas municipais da Amora e Pinhal de Frades, todos os membros da oposição acharam a situação “inaceitável”. Joaquim Santos justificou, afirmando que “havia reclamações por aulas que não tinham sido dados, e que a Câmara não podia estar mais um ano à espera do concurso”.

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