25 Abril 2024, Quinta-feira
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Siderurgia afirma já ter investido 400 milhões em modernização da fábrica

A SN Seixal, que tem sido apontada estar na origem de matérias poluidores na Aldeia da Paio Pires, garante ter preocupações ambientais e fala em avultados investimentos em defesa do ambiente

 

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No início deste mês a Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território deu a saber que vai notificar a Siderurgia Nacional (SN) “para a implementação de uma medida cautelar”, que obriga a empresa a cumprir as condições da licença ambiental. Justificava então a Inspecção-Geral ter sido motivada pelo “reiterado incumprimento” da empresa e pelo “alarme social” provocado pela situação de poluição na Aldeia de Paio Pires, verificada em janeiro.

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Mas a SN garante ter “certificações no domínio da segurança, ambiente, qualidade e sustentabilidade”, mais ainda, diz que a fábrica hoje pertencente ao grupo Megasa, “nada tem a ver com a fábrica que havia”, uma vez que a nova unidade do aço “só usa energia eléctrica e 99% dos resíduos gerados são reciclados e valorizados com a aposta na economia circular, utilizando sucata metálica como matéria-prima e valorizando os resíduos”.

A isto a empresa afirma ser o “4.º investigador nacional em I+D no sector industrial”, e em termos de mercado enquadra-se no “top ten” português em exportações sendo a “13.ª exportadora nacional”, tendo atingido em 2018 um volume de negócios “cerca de 540 milhões”.

 

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80% da produção para exportação

 

A produzir mais de 1.1 milhões de toneladas de aço por ano, 80% do produto acabado é para exportação, para a SN este é um indicar suficiente para se afirmar preocupada em realizar investimento para a modernização da fábrica. “400 milhões”, é o número citado pela empresa com a “instalação das melhores tecnologias disponíveis e maximizando a sua eficácia”.

Segundo informação enviada a O SETUBALENSE-DIÁRIO DA REGIÃO, a empresa neste momento tem execução um plano de investimentos até 2020, num montante de “cerca de 80 milhões de euros, entre os quais “são relevantes os de tipo ambiental”.

A fábrica de Paio Pires parece assim estar consciente das queixas dos moradores e Câmara do Seixal sobre emissões de partículas, e diz ter implementado e ter “em funcionamento”, uma nova central de gases, com redução significativa do impacto acústico (20 milhões de euros), instalação para corte de sucata de grandes dimensões (1 milhão de euros), maquinaria móvel com impacto na redução de difusas (1 milhão de euros), canhões nebulizadores para evitar a dispersão de difusas (0.2 milhões de Euros) e  encapsulamento das telas de processamento de ASIC.

Quanto a projectos em curso, a unidade que emprega, directamente, 375 trabalhadores, e cerca de mil de forma indirecta, diz ter em mãos a reforma do sistema de despoeiramento da aciaria (cerca de 7 milhões de euros”. o reforço da insonorização das naves da aciaria (0.5milhões de euros), construção de uma barreira acústica nos limites da estrada 10-2 (0.3 milhões de euros), cobertura na zona de arrefecimento da escória negra (1 milhão de euros) e continuação da arborização (0.1 milhões de euros).

Acrescenta a SN estar ainda “prevista a instalação de um parque de produção fotovoltaica para autoconsumo num investimento de cerca de 7 milhões de Euros”.

 

Recurso às melhores tecnologia

 

Apesar de ser acusada de estar na origem de alguns problemas ambientais na zona da Aldeia Paio Pires, a SN Seixal garante que “desde a sua privatização, tem realizado uma política de adequação das suas instalações às melhores tecnologias disponíveis com investimento em matéria ambiental de cerca de 35 milhões e euros, o que tem permitido ultrapassar uma gravíssima situação ambiental existente no passado, quando a empresa, ainda pública, operava o Alto Forno”.

A tudo isto, a administração afirma existir um adicional de “7 milhões de euros anuais de gastos de tipo ambiental, designadamente em energia nos sistemas para despoeiramentos e estações de tratamento de água, valorização de resíduos, nomeadamente o ASIC e manutenção dos sistemas ambientais.

Outro dos problemas apontados pela população com a laboração da fábrica é o índice de ruído, mas também neste capítulo a empresa diz estar atenta e a tomar medidas, e aponta, por exemplo, que desde Fevereiro de 2018 que está em operação a “nova central de gases (ASU) que permitiu a paragem da antiga. As medidas contra o ruído passam ainda por novos processos de transporte de matéria-prima e produto acabado.

A Megasa acrescenta que está “comprometida com o desenvolvimento e consolidação no Seixal duma indústria siderúrgica competitiva a nível europeu, alinhada com as políticas de descarbonização e desenvolvimento da Economia Circular”.

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