O Setubalense acompanhou o desfile dos foliões da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Paio Pires
Cerca de quatro milhares de alunos do 1.º ciclo e de 19 estabelecimentos do ensino pré-escolar público e privado folgaram ao Carnaval pelas ruas das freguesias do concelho, na manhã da última sexta-feira. A iniciativa, levada a cabo anualmente pelas autarquias e as escolas, inscreve-se no Plano Educativo Municipal.
O Setubalense acompanhou o desfile dos foliões da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Paio Pires, que se concentrou na marginal da Quinta dos Franceses para se movimentar, em cortejo, para o Largo Mártires da Liberdade, no coração da cidade, depois de cruzar a Rua Paiva Coelho.
A meio do percurso, num pequeno palco montado para o efeito, o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Santos, e outros autarcas saudaram a passagem do corso carnavalesco, no qual se misturavam palhaços, pantomineiros e figuram em andas gigantescas.
As fantasias dos petizes, as mais diversas, não conheciam limites à imaginação para se converterem em cartas do baralho, notas de música, toureiros, campinos, varinas, arlequins, pintores e piratas. Viam-se trajes regionais de todo o país, uma escola exteriorizava as emoções, outra homenageava o jogo da bola, outra ainda chamava a atenção para os benefícios da actividade física … Evocava-se o gosto pela leitura, a defesa das espécies animais em extinção ou a necessidade de protegermos a natureza.
A música, é claro, era brasileira e os miúdos tentavam e conseguiam entrar no ritmo. Ouviam-se risos e palmas, as cores perpassavam pelos olhos de quem assistia num redopio incessante e entontecedor.
Junto ao palco dos autarcas, um palhaço ia debitando ao microfone um discurso inteligente e realmente divertido. Todo ia fluindo com naturalidade, entre o evidente contentamento dos mais pequenos. Muitos familiares não quiseram perder a oportunidade de observarem o descendente num outro mundo. E uns e outros cumprimentavam-se com sorrisos.
Enfim, foi uma manhã de sol e alegria, em que tudo correu bem, como se estivéssemos num meio a que não estávamos habituados. E se tivesse corrido mal? Ora, afinal, estávamos no Carnaval.
Por José Augusto
