28 Março 2024, Quinta-feira
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FERNANDO OLIVEIRA: ‘Querem criar o caos para derrubar esta direcção’

Fernando Oliveira preferia “falar das glórias que marcaram a história do Vitória”, mas sentiu-se na obrigação de responder à oposição, em virtude, justificou, do que se passou na última Assembleia Geral do clube.

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“Foi de tal modo grave que não pode ser por mim ignorado. A insistência na reprovação das contas de 2015 foi grave, pelas consequências que daí podem resultar para o clube. Mas mais grave ainda foi o comportamento antidemocrático, prepotente e indigno de um pequeno grupo de sócios que se acha dono da verdade absoluta… Em suma, um pequeno grupo de sócios colocou um rol inflamado de questões, muitas vezes colocando em causa a honra e a dignidade de quem dirige o Vitória, mas depois recusou ouvir as respostas, manipulando completamente a Assembleia Geral”, disse o presidente do clube, esta noite, na cerimónia do 107.º aniversário do Enorme.

Fernando Oliveira afirmou que a oposição “tem como objectivo criar o caos para derrubar uma direcção democraticamente eleita há cerca de sete meses”, e começou por lembrar a questão em torno do Museu do Vitória.

“Como é público, e os sócios bem sabem, os inúmeros troféus do Vitória estão a ser recuperados por técnicos especialistas da Câmara Municipal de Setúbal”, lembrou, sublinhando que em 2015 foi iniciado um processo de intervenções no Estádio do Bonfim desenvolvido em conjunto com a autarquia que abrange a Sala de Troféus e toda a área envolvente. “Está feito, mas a sua execução tem de ser levada a cabo por fases e em período de defeso, porque abrange áreas que são utilizadas nos dias de jogos.”.

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Depois debruçou-se sobre a Academia em Vale do Cobro, que, reforçou, “é um projecto para um mandato de três anos, não para os primeiros seis meses”, e que já está viabilizado pela autarquia. “Está em curso a realização dos projectos de especialidades e acessibilidades, para os projectos finais serem submetidos à autarquia, com vista ao licenciamento da obra”, frisou, adiantando: “Querer ter mais do que isto feito em seis meses é uma intenção de todo irrealista ou apenas sinal de má-fé.”

Seguiu-se um olhar pelo número de associados, que diminuiu para 8.008 após a renumeração. Porém, nos últimos quatro meses “inscreveram-se mais 568 sócios”, apontou, disparando: “Quem afirma que deixou de ser sócio do Vitória por ser contra esta direcção é tudo menos vitoriano. Um vitoriano pode estar contra quem, num dado momento, dirige o clube, mas não o abandona.”

Sobre as dívidas ao Estado e “apesar de o clube dar lucro todos os anos”, o presidente esclareceu: “No âmbito da negociação do Plano Especial de Revitalização, o Vitória teve de reconhecer algumas dívidas que não estavam reconhecidas em contas de anos anteriores. O resultado de qualquer exercício emerge da contabilização de custos e proveitos, não levando em consideração se os custos estão pagos ou as receitas recebidas. Por isso, quando se refere que há um resultado positivo de uns tantos milhares de euros, não quer dizer que, do ponto de vista financeiro, haja essa disponibilidade monetária para amortizar o passivo.”

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Fernando Oliveira considerou também que acusação de falta de comunicação com os sócios “é completamente desonesta”. “Uma das primeiras medidas tomadas pela actual direcção, assim que foi eleita, foi criar uma direcção de comunicação”, vincou, realçando o trabalho que está a ser desenvolvido por esta junto dos associados, a vários níveis.

“Há em todas as acusações que nos fazem apenas um objectivo de curto prazo: criar a maior instabilidade possível, para derrubar esta direcção… e instalar no poder quem perdeu as eleições, para satisfação de interesses de algumas pessoas que gravitam à volta do clube há várias décadas. Esta gente tem estado sempre contra tudo e todos, hostilizando as várias direcções desde o ano 2000, e não teve a coragem de avançar quando, em 2008/2009, o Vitória ficou sem órgãos sociais em exercício de funções”, atirou, concluindo: “Ainda há quem pense que a democracia faz-se pela gritaria, pela intolerância e pelo desrespeito da vontade expressa pelos eleitores nas urnas. Democracia não é isto e o Vitória muito menos.”

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