24 Abril 2024, Quarta-feira
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“80 a 85% das dragagens estão feitas, sem qualquer problema ambiental”

João Pedro matos Fernandes responde a partidos e revela que a draga terá de trabalhar apenas mais dois meses

As dragagens no rio Sado estão realizadas em 80%, “sem qualquer problema ambiental”, intervenção que será retomada em Novembro, prevendo-se que seja concluída “com mais um, dois meses de trabalho”, afirmou ontem o ministro do Ambiente na comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, na Assembleia da República.

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“É a coisa mais legítima do mundo o PAN não concordar com que se façam dragagens no rio Sado. Daí a vir dizer que este processo é envolto em secretismo é que não há qualquer razão para tal”, afirmou o ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Matos Fernandes, numa audição parlamentar, a requerimento do PAN, sobre o Projecto de Melhoria das Acessibilidades Marítimas do Porto de Setúbal, que inclui dragagens no rio Sado.

“Este foi mesmo um processo transparente. Este foi mesmo um processo participado. Este foi um processo com elevado nível de garantias ambientais, ou seja, foi um processo democrático e que cumpriu a lei”, disse o ministro, ressalvando que “é sempre possível fazer melhor”, mas este é um projecto do qual “não pode ser apontado um defeito de falta de disponibilização de informação e de esclarecimentos”.

Aos deputados, João Matos Fernandes indicou que “80 a 85% das dragagens estão feitas, sem qualquer problema ambiental”, revelando que os trabalhos se encontram interrompidos desde Fevereiro, devido a uma avaria, e vão ser retomados em Novembro.
Apesar do problema técnico, a suspensão das operações de dragagem e deposição de dragados já estava prevista entre Maio e Outubro, época do ano de maior actividade biológica e maiores efectivos populacionais e “período particularmente sensível para os roazes e suas presas, para o ciclo de vida dos peixes e invertebrados estuarinos, marinhos e migradores”, cumprindo uma das medidas da Declaração de Impacte Ambiental (DIA).

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Suspensão prevista

“Não foi uma decisão tomada a meio do percurso, é uma decisão que vem desde o primeiro dia que, entre Abril e Novembro, as dragagens deveriam estar suspensas e assim estarão”, explicou o ministro do Ambiente. Quanto à conclusão da intervenção, o governante adiantou que, “com mais um, dois meses de trabalho, as dragagens serão concluídas”.

Em resposta ao deputado do PSD Nuno Carvalho sobre as preocupações dos pescadores, o ministro assegurou que “a área depositada na restinga, em quantidade, foi muito reduzida”, referindo que “nunca foi vista qualquer turbidez na água” e que não há dragados a depositar nas pradarias marinhas.

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Vídeo enviado por Nuno Carvalho a O Setubalense

Relativamente à morte de golfinhos, questionada pelo deputado do BE Nelson Peralta, o governante garantiu que “foram mesmo zero”, afirmando que “espera que não morra nenhum nos dois meses em que haverá de dragagens”.

“O acompanhamento de roazes tem sido particularmente cuidadoso”, frisou João Matos Fernandes, em resposta às preocupações levantadas pela deputada do PEV Mariana Silva. Às questões da deputada do PCP Alma Rivera, João Matos Fernandes reforçou que a salvaguarda dos ecossistemas foi exatamente o que foi feito, lembrando a medida de “em metade do ano ser inibida a possibilidade de se fazer as dragagens”. “A obra tem sido acompanhada sempre pela APA”, declarou o ministro, respondendo à deputada do PAN Cristina Rodrigues.

Em relação à intervenção da deputada Joacine Katar Moreira, o titular da pasta do Ambiente explicou que o projecto de dragagens no rio Tejo, que foi chumbado pela APA, e as dragagens no rio Sado são situações “completamente diferentes, na dimensão e no local”, adiantando que no rio Tejo existe uma enorme quantidade de resíduos perigosos, em que “o melhor que há a fazer é não lhe mexer”.

Lusa

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