19 Abril 2024, Sexta-feira
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Campanha eleitoral das presidenciais foi “inédita e extraordinária”, diz especialista setubalense

Rita Figueiras partilhou, com 80 pessoas, reflexão sobre as eleições em tempo de pandemia

 

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A Universidade Sénior de Setúbal (UNISETI) convidou Rita Figueiras, professora e investigadora nas áreas da informação e comunicação, nomeadamente a nível político, para uma palestra online, que contou com cerca de 80 pessoas, que quiseram ouvir atentamente as palavras da especialista.

O tema envolveu a pandemia e a forma como decorreu a recente campanha para as eleições presidenciais, em pleno contexto pandémico. Uma campanha “inédita e extraordinária”, considerou a investigadora setubalense.

Sobre as semanas que antecederam a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa, Rita Figueiras destacou uma primeira fase, que teve muito por base um “contexto desconhecido”.

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“Na primeira semana o grande tema foi se seria possível fazer campanha, num segundo momento considerar se deviam adiar-se as eleições e, numa terceira parte qual seria o nível de abstenção”, explicou perante uma atenta plateia online, de alunos da UNISETI e não só.

Relativamente à abstenção, referiu que esta podia não legitimar o vencedor, mas que “foi menor do que inicialmente prevista”.

Sobre os debates, e aí destacou o grande número destes em poucos dias, frisou que “servem para activar a atenção das pessoas, para estas começarem a posicionar-se perante os candidatos”.

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Aqui, referiu que cerca de 17% dos portugueses viu todos os debates. Questionada por O SETUBALENSE acerca deste número, explicou: “Vinte e um debates em nove dias são muitos debates. Diria que 17% não me parece baixo, até porque nem toda a gente tem o mesmo interesse em todos os candidatos. Eu vi com gosto e fiquei exausta”.

Debates em pé são menos pensados e mais agressivos

Ainda sobre os debates disse, de uma forma geral, que a animosidade a ambiente de cada um dos mesmos pode depender inclusivamente das… cadeiras. “Quando os candidatos estão sentados ficam mais confortáveis e pensam melhor, têm uma maior qualidade na escuta e o nível de ansiedade diminui. Estar em pé gera impaciência, impulso, e propicia o ataque, até porque estão menos descontraídos e mais cansados”, disse perante o interesse do auditório.

Depois dos debates veio uma nova fase de campanha, de “contacto directo com as pessoas e presença no terreno, que é muito importante para localidades que aparecem pouco, sentem reconhecimento nas visitas”. “Além disto, é importante as pessoas verem os candidatos com os próprios olhos”, frisou.

Para o fim, ficaram as redes sociais, onde muitos candidatos, perante o contexto, se “desdobraram” em iniciativas, apesar de o “programa menos visto de televisão ter mais alcance do que uma iniciativa de rede social”.

Existem, contudo, vantagens e desvantagens entre a televisão e as redes sociais. Na TV “alcança-se mais pessoas, mas se estas não tiverem interesse, dispersam”. “Nas redes sociais existem menos audiência, mas pessoas que são alcançadas estão mais interessadas, só lá estão porque que querem estar, tiveram de clicar em algum lado”, finalizou.

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