28 Março 2024, Quinta-feira
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PCP quer discutir ação da Proteção Civil de Sines durante incêndio na Recipneu

O PCP anunciou, esta segunda-feira, que vai solicitar a realização de uma reunião urgente do Conselho Municipal de Segurança para analisar a resposta da Proteção Civil Municipal na sequência do incêndio que deflagrou a semana passada na empresa Recipneu, em Sines.

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Helga Nobre

Em comunicado, a concelhia de Sines do PCP acusa o responsável pela Proteção Civil Municipal (o presidente da Câmara Municipal) de “incompetência na informação à população”, perante o incêndio industrial de grande dimensão, com elevado potencial tóxico para a população e de insensibilidade “perante a aflição dos sinienses preferindo ao mesmo tempo abafar o problema sem se vislumbrar uma razão legítima para tal”.

Ao Diário da Região, Miguel Gonçalves, da Comissão Concelhia de Sines do PCP, adiantou que é preciso debater com urgência as deficientes respostas e meios da Proteção Civil Municipal. “É preciso definir estratégias de comunicação com a população para que ela possa estar mais informada sobre medidas a tomar em caso de emergência como foi o caso recente da Recipneu e, ao mesmo tempo, tentar reforçar os meios da Proteção Civil com recursos humanos e materiais adequados para dar melhor resposta a estas situações”, salientou.

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Para o PCP, os meios que existem “ainda não são os necessários para responder a estas emergências”, caso contrário diz Miguel Gonçalves “não teríamos estado cerca de 12 horas sem que a informação chegasse à população, com a escola da ETLA [Escola Tecnológica do Litoral Alentejano] a ser encerrada devido ao fumo tóxico e a população de Sines em completo desconhecimento da situação sobre medidas a tomar”, dando o exemplo de pessoas com dificuldades respiratórias e mulheres grávidas que “não foram reencaminhadas ou aconselhadas a tomar qualquer medida”, lamenta.

Para a estrutura local do Partido Comunista Português, os problemas da proteção civil concelhia têm vindo a agravar-se nos últimos quatro anos “por completa inação” do responsável da Proteção Civil Municipal. “Tudo isto podia ter sido facilmente evitável, caso o presidente da Câmara, enquanto responsável da proteção Civil, tivesse previamente tomado as medidas necessárias”, critica Miguel Gonçalves.

Entretanto, a empresa emitiu um comunicado de agradecimento a todas as entidades e operacionais pelo “esforço e dedicação” demonstrados no combate ao incêndio. 

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“O profissionalismo demonstrado foi exemplar”, sublinha a gerência da Recipneu que destaca ainda a ação da Repsol Polímeros que “tendo detetado o incêndio, disponibilizou, todos os recursos do seu Plano de Emergência Interno no combate à emergência” e “forneceu direta e indiretamente os caudais de água de combate a incêndios imprescindíveis, ao longo das mais de 24 horas que demorou a extinção, apesar dos graves inconvenientes que esta situação lhes causou”.

No mesmo comunicado, a empresa lamenta “as perturbações causadas às populações, empresas e outras entidades cuja atividade ficou alterada pelos fumos emitidos no incêndio, com especial incidência sobre os nossos vizinhos mais próximos, nomeadamente a Repsol Polímeros e a ETLA, cuja atividade foi temporariamente suspensa”.

Helga Nobre
Jornalista
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