8 Maio 2024, Quarta-feira

Não te deixes enganar!

Não te deixes enganar!

Não te deixes enganar!

Quantas pessoas te fazem rir? Já nem digo rir, mas, vá lá, sorrir?
Não estou para aqui só a fazer conversa. Ou a tentar começar uma crónica simpática.
É que o tópico que pretendo abordar é a depressão. Pois é.
Não sou especialista. Embora os educadores sejam sempre um pouco psicólogos.
Mas nós somos todos bons a ensinar a missa ao padre. Literalmente.
Por isso, eu vou tentar falar aqui da depressão. Que já no século XX se dizia que era a doença do século. E no século anterior a esse, também. Viu-se: Mário de Sá-Carneiro e tantos outros. Para não falar dos anónimos.
A depressão continua aí. Pelos vistos.
Dantes falava-se, e ainda se fala, de certas zonas do país, sobretudo daquelas que acusam maior taxa de desemprego e problemas sociais. E também em certos continentes do planeta. Porque as populações andam por aí em massa, desesperadas, à procura de asilo. Este é um sério, real e infelizmente muito atual problema que diz respeito a todos nós.
Mas voltando à nossa conversa: agora há uma nova vaga de depressão. Ou é mais velha do que o homem, é milenar? Aquela a que eu decidi chamar «aperta com ela». Ou seja, uma tática concertada que pretende ser desconcertante ao levar o outro à beira de um ataque de nervos.
Eu explico. Se tens a ‘sorte’ de ter gente à tua volta que acha que é pseudomelhor do que tu, moralmente falando (ironia da coisa) e que decide que tens excesso de auto-estima, estás lixado/a. Claro que se fores mal-sucedido/a na vida, nem fazes parte da lista. Mas agora se tens algum jeitinho para qualquer coisinha, ó! Ó!
Então é assim: há aqueles que dizem várias vezes ao dia que são boas pessoas. Que dão esmola. Que criticam a deslealdade. Que abominam quem tem projetos que dão dinheiro. Que choram por tudo e por nada. Que gostam de ter certa influência sobre os outros. Blá. Blá.
E há aqueles que, embora não o digam, são boas pessoas porque simplesmente ajudam, são na prática leais, procuram ser emocionalmente estáveis, que gostam de projetos, incentivam a isso, que estimam os amigos. Blá. Blá.
Não há ninguém perfeito. E se tivermos uma (boa!!) influência sobre os outros, encantados!
Agora à conta da pedagogia de pacotilha? Santa paciência!
Que a depressão nos torna mais compassivos… Talvez a alguns, sim. Mas esse sofrimento induzido não é sinónimo de compassividade. Acredito que quem tenha tendência para as depressões, goste de ajudar. Embora a maior parte das vezes nem o consiga fazer. O que agudiza a depressão. Porque os verdadeiros deprimidos (quase) só conseguem ser ajudados. A própria qualidade da ajuda em estado depressivo pode não ser a que mais se agradece. Pode melhorar o deprimido…sim…mas não é sua melhor ajuda, com certeza.
Agora: se te quiserem submeter a frustrações desnecessárias…do tipo: fazem de conta que não ligam ao que tu dizes, contrariam-te à toa, dizem que te fazem sorrir, mas de facto não o fazem, dizem que te apoiam, mas de facto não te apoiam, empurram-te para gente pouco sorridente, tentam controlar (ou estragar) as tuas relações sociais…
Para, escuta e olha: Já bem bastam as contrariedades inevitáveis da vida.
Por isso: Não te deixes enganar! Se tens daqueles ‘amigos’ com grandes habilitações socioafetivas e pedagógicas, põe-te a pau! A melhor arma em riste é o sorriso. E olha que ainda os vais ajudar (sorriso).
Solução? Sê o teu melhor amigo/a! Conhece-te e fortalece-te. Assim, poderás dar um melhor contributo ao mundo em que vives.
Porque ensinar, só com alegria.

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