Dois jornalistas que me inspiraram ao longo da vida, foram Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal norte-americano Washington Post, que com a sua coragem e tenacidade, denunciaram aquele que viria a ser conhecido como āO Caso Watergateā, ocorrido entre 1972 e 1974, e que culminou com a resignaĆ§Ć£o do Presidente Richard Nixon, facto que nunca tinha acontecido nos anais da histĆ³ria norte-americana.
O Caso Watergate foi aquele que, pela primeira vez, acompanhei, atravĆ©s daquilo que ia ouvindo em minha casa, e na TV. Durante muito tempo, nĆ£o se falava noutra coisa.
Lembro um dia de estar a passear com meu zio Giuseppe, irmĆ£o de meu Pai, e de lhe ter perguntado: āmas afinal o que Ć© o Watergate?ā. Nessa ocasiĆ£o, o zio lĆ” me explicou todos contornos principais.
Com essa ocorrĆŖncia histĆ³rica, ficĆ”mos a saber que o propĆ³sito ulterior do jornalista, deve ser recolher informaĆ§Ć£o/ reflectir/informar e opinar com rigor e isenĆ§Ć£o.
Um jornalismo sĆ©rio, honesto, responsĆ”vel e autĆ³nomo de qualquer poder (no processo e no produto), deve ser um dos pilares estruturantes de uma Democracia. Jornalismo nacional e regional.
No nosso caso da imprensa regional, em Agosto de 2018, os jornais āO Setubalenseā e āDiĆ”rio da RegiĆ£oā uniram esforƧos e fundiram-se, passando a ser Francisco Alves Rito o seu director.
Francisco Alves Rito nasceu em Estremoz, a 1 de Fevereiro de 1973, tendo vindo viver para SetĆŗbal com menos de um ano de idade.
Foi aluno da Escola Secundaria D. JoĆ£o II. Licenciado em Direito e mestre em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito de Lisboa.
Como referi atrĆ”s, actualmente Ć© director de āO Setubalenseā, o nosso jornal quase bi-centenĆ”rio (fundado em 1855), o Ćŗnico jornal tambĆ©m diĆ”rio do Distrito de SetĆŗbal.
Ć jornalista profissional desde 1993, tendo trabalhado em vĆ”rios Ć³rgĆ£os de comunicaĆ§Ć£o social, local e nacional, entre os quais a antiga RĆ”dio PRESS, o Jornal de NotĆcias ou o Jornal PĆŗblico, diĆ”rio nacional onde ainda hoje colabora.
Ć fundador de vĆ”rios jornais locais do Distrito de SetĆŗbal e foi presidente da AssociaĆ§Ć£o Portuguesa de Imprensa Gratuita.
Em Junho de 2014 foi agraciado com a Medalha de MĆ©rito do MunicĆpio de Palmela ā Grau Ouro.
Em Fevereiro de 2019, o Rotary Club de Palmela atribuiu-lhe a distinĆ§Ć£o de profissional do ano.
Nesta altura, passado um ano sobre a fusĆ£o dos dois jornais e de ter assumido as funƧƵes de director, Ć© possĆvel efectuar um balanƧo.
Francisco Alves Rito Ć© um jornalista responsĆ”vel, frontal, directo, muitas vezes incĆ³modo e cĆ”ustico.
Ć um equilĆbrio muitas vezes difĆcil de conseguir e manter, mas Ć© muitas vezes por aĆ que se faz bom jornalismo.
Relativamente Ć sua vertente de director, e, consequentemente, no relacionamento pessoal e institucional com os colaboradores, como Ć© o meu caso, Ć© uma pessoa extremamente educada, profissional, leal, atenta e muito responsĆ”vel.
Nunca, em nenhuma circunstĆ¢ncia, me deixou ficar āpenduradoā. Nem sempre foi assim no passado, infelizmente.
Francisco Alves Rito trouxe, indiscutivelmente, uma lufada de ar fresco ao panorama jornalĆstico setubalense.
Caro amigo. Esta minha conversa pode parecer ao leitor mais desatento, um conjunto de elogios.
SĆ£o, tĆ£o somente, meras constataƧƵes, provenientes de quem colabora com o āSetubalenseā hĆ” 12 anos consecutivos e, portanto, sabe do que estĆ” a falar.
Nesta nossa vida, muitas vezes falamos mal uns dos outros e esquecemo-nos de falar bem. Com verdade e com justiƧa.
Tal como estou a procurar fazer nestas linhas.