29 Março 2024, Sexta-feira
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PENSAR SETÚBAL: O Coronavírus e algumas reflexões

Quase tudo tem sido dito relativamente ao Coronavírus, (Covid-19); a sua perigosidade, a sua elevada taxa de transmissibilidade, as medidas profilácticas que foram e que estão a ser obrigatoriamente tomadas, etc.

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Uma primeira reflexão vai directamente para todos profissionais (de saúde, seguranças, supermercados, transportes, etc.) que asseguram todos os serviços indispensáveis. Não existem palavras suficientes para lhe expressarmos o nosso mais profundo apreço, agradecimento e gratidão por tudo aquilo que têm vindo a fazer, procurando dar sempre o seu melhor, em todas as circunstâncias.

Um enorme Bem Hajam para todos vós.

A segunda reflexão vai para os procedimentos de carácter preventivo que têm vindo a ser tomados, local e globalmente, procurando condicionar a propagação do Covid-19.
A terceira reflexão é de carácter político. As nossas democracias pluralistas parecem condicionadas na capacidade, eficácia e rapidez de resposta, nestas alturas de crise.
Nestas ocasiões, a tentação de um poder autocrático pode ser mais apelativa.

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É uma ilusão.

As ditaduras convivem muito mal com a verdade. Procuram minimizá-la, camuflá-la, recorrendo à mentira, ao embuste, à mistificação. E à repressão.

Vejam-se os casos emblemáticos da China e do Irão.

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Relativamente à China, de acordo com a organização Humans Right Watch, “a resposta do Governo chinês ao surto de coronavírus foi inicialmente atrasada ao ocultar informações do público, subnotificar casos de infecção, subestimar a gravidade da infecção e desconsiderar a probabilidade de transmissão entre humanos”, afirmou a HRW em comunicado.

O escritor Mário Vargas Llosa criticou abertamente o comportamento do governo chinês pela demora na informação e imediatamente as suas obras desapareceram nas vendas pela Internet, bem como uma redução drástica dos seus livros nas livrarias.

Quanto ao Irão, as autoridades iranianas negaram sempre a magnitude do problema. Contudo e de acordo com o jornal Washington Post, através de imagens de satélite visionadas, terão começado a escavar grandes valas, destinadas a sepultar o número crescente de vítimas mortais do Covid-19, na região.

Pelo contrário, a Democracia tem de contrapor ao autoritarismo, a autoridade democrática, sustentada na verdade e na transparência. Não devemos ter receio de exercer a autoridade, precisamente porque ela é democraticamente legitimada.

A quarta e derradeira reflexão vai directa para a nossa Humanidade, e a forma como o Covid-19 nos faz parar para reflectirmos quais são os nossos limites, a capacidade de percepcionarmos a nossa pequenez e fragilidade, de sermos capazes de sair da nossa construção mental e emocional habitual, para um pensar e sentir mais global, com a corrente da fraternidade humana que nos faz ser mais fortes e confiantes, perante esta adversidade.

Um grande abraço para todos.

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