29 Março 2024, Sexta-feira
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A cidadania

Mais uma vez fujo de escrever sobre a pandemia – esse flagelo que assola o mundo e parece modificar muita da organização ,em todos os parâmetros, das nossas sociedades. Talvez por estar incluído no rol dos mais frágeis ao coronavírus pela minha idade – recuso-me a pensar no microscópico bicho!

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Há muitos outros problemas de interesse em que vale a pena reflectir um pouco – por exemplo na enorme abstenção dos processos eleitorais, e aproximam-se alguns. Parece que nos esquecemos que vivemos, vai para cinco décadas, em Democracia ( o poder do povo ). O problema não é só nosso pois recentemente li que nas eleições dos Estados Unidos da América é raro que os votantes ultrapassem os 50% (com a juventude particularmente alheada).

É portanto oportuno falar de cidadania até porque anda nos nossos noticiários uma polémica por causa duma disciplina relativamente recente intitulada “CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO” que no meu entender é duma importância capital. É absolutamente necessário que cada um de nós participe nas eleições dos nossos representantes para a Assembleia e também para o governo da Nação.

E não só nestes atos político para os quais devemos estar devidamente informados, mas também para muitas outras organizações que se formam numa sociedade com vitalidade: municípios, clubes desportivos, associações de pais, cooperativas, e muitas outras organizações que dizem respeito a todos nós – e esta colaboração na vida das comunidades chama-se cidadania, sendo uma obrigação do Estado que orienta o ensino publico , dar o devido realce a tal ensino que é declaradamente ausente nas cabeças das nossas crianças e dos nossos cidadãos em geral.

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E a tal disciplina que levantou polémica tem muitos outros temas que darão aos nossos jovens capacidade de, duma maneira informada, poderem tomar as suas opções sobre, por exemlo, os problemas da igualdade de género, da necessidade de entender o que é a multiculturalidade, sobre a liberdade de cada cidadão ter direito a um compromisso religioso, ter umas bases para poder, em plena liberdade tomar as suas posições sobre a organização económica das sociedades ( que não criem fossos entre cidadãos, que não levem à construção de muros em vez de pontes).

E sobre este tema cito algo escrito pelo Presidente da Caritas: Tambem para nós esta tarefa não se pode confinar a um tempo e muito menos a um dia.A democracia para ser mais perfeita não se pode restringir *a uma dimensão representativa, mas apostar veementemente na expressão participativa que obriga a uma maior intervenção socio-politica.

E não podemos esquecer toda uma panóplia das chamadas “Encíclicas Sociais” de vários Papas. E muito menos devemos, os que nos dizemos cristãos tapar os ouvidos a tantas intervenções do nosso Papa Francisco.

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Eu sei que o verdadeiro conteúdo de muitos destes temas podem ser adulterados por algum professor, mas ao ser criada esta cadeira tomaram-se cuidadosas precauções para evitar essas derivas. Foi por tudo isto que vi com surpresa num abaixo assinado que contesta a existência desta disciplina , o nosso Cardeal Patriarca e outras pessoas importantes na nossa vida social. Faço meu um título do “7 Margens” : Igreja Católica que dizes do absentismo eleitoral? Muitos outros signatários representam uma direita anquilosada. Insatisfeita com a governação do nosso actual Primeiro Ministro.

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