Celebramos hoje o dia da Cidade mas também o dia de Bocage. Essa rara circunstância de termos associado ao dia da nossa cidade a figura dum poeta, só pode constituir um enorme orgulho. Bocage deixou-nos um enorme património cultural, mas também um enorme de legado de irreverência. O nosso Elmano Sadino deixou ao mundo uma invejável obra com uma visão e temperamento românticos.
Bocage, poeta da liberdade, crítico, emotivo e mordaz é o poeta da Freguesia de São Sebastião, nasceu na rua Edmund Bartissol, no Bairro de São Domingos, onde existe uma casa-museu com uma importante exposição permanente dedicada à sua vida e obra (para além arquivo fotográfico Américo Ribeiro). A freguesia já lhe prestou tributo com o seu próprio nome – a Freguesia de São Sebastião já foi Freguesia de Bocage.
Hoje é a Cidade que lhe presta homenagem. Associadas ao dia da cidade temos as Comemorações Bocagianas. Temos um vasto conjunto de iniciativas culturais, desportivas e de lazer, desenvolvidas em conjunto pelo município e pelo movimento associativo. Existem eventos para todos os gostos. Justa homenagem!
Mas a cidade não lhe presta homenagem só com as iniciativas desenvolvidas por esta altura. A Cidade presta-lhe homenagem todos os dias com aquilo em que se transformou. Setúbal, hoje, recusa-se ser uma cidade mecânica e indiferente. Setúbal para além da evidente requalificação do seu espaço público, que nos deixa todos satisfeitos, é hoje uma cidade muito mais humanizada, fruto do intenso trabalho no que diz respeito ao incentivo à participação de todos no debate, na discussão e na construção coletiva pela melhoria das nossas condições de vida. Setúbal é hoje uma cidade com um arrojado programa cultural e desportivo, fruto da conjugação de esforços entre autarquias e movimento associativo. Setúbal é solidária, fraterna e claro, irreverente!
Viva Bocage, viva Setúbal
