19 Abril 2024, Sexta-feira
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Parlamento Europeu condena regimes nazi e comunista

“Uma morte é uma tragédia; um milhão de mortes, um dado estatístico”
Estaline

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Assinala-se neste mês de Setembro, um ano em que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução a condenar o nazismo e o comunismo.

A resolução, intitulada “Importância da memória europeia para o futuro da Europa”, teve com um dos objectivos relembrar que “os regimes nazi e comunista são responsáveis por massacres, pelo genocídio, por deportações, pela perda de vidas humanas e pela privação da liberdade no século XX numa escala nunca vista na História da Humanidade”.

A resolução teve os votos a favor dos eurodeputados portugueses do PS, PSD, CDS e PAN e os votos contra do PCP e BE.

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Em relação ao fascismo, e à sua forma mais extrema, o nazismo, estamos todos, basicamente, de acordo. Surgem-nos toda uma galeria de personagens sinistras e criminosas, com todos os ditadores de inspiração fascista: Hitler, Mengele, Eichmann, Goering, Goebbels, Himmler, Heydrick, Mussolini, Pinochet, Videla, Stroessner, Gualtieri, Somoza, Franco, Salazar, Laval, Quisling, etc.

Quando o ex-presidente iraniano Mammouhd Harmadinejah sustentava que o Holocausto nunca tinha existido, devemos estar atentos e não permitir que se apague da memória individual e colectiva.

Há alguns anos atrás, estive em Gurs (França), num campo de concentração para judeus, durante a 2ª Guerra Mundial. Embora desmantelado, ainda se sente nas ruínas, o silêncio opressivo do Horror.

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Na ocasião, foi precisamente através do silêncio e do recolhimento que consegui expressar os meus sentimentos.

Com o fascismo e o nazismo, a Humanidade atingiu um dos seus pontos mais baixos de sempre.

Relativamente ao comunismo, e sobre uma das suas formas mais extremas, o estalinismo, ainda se tem algum constrangimento em admitir que o que se passou (e ainda passa, nalguns casos) na ex-União Soviética, na ex-RDA, na Roménia, na Albânia, na Sérvia, na Bósnia, na China, em Cuba, no Cambodja, no Vietname, na Etiópia, na Coreia do Norte, na Nicarágua, etc. não foi apenas um desvio, mas antes a essência de uma doutrina.

E daí que nos surgem também um conjunto de personalidades igualmente sinistras e criminosas: Estaline, Mao, Pol Pot, Nicolai Ceausescu, Enver Hohxa, Fidel Castro, Erich Honecker, Menghistu Hailé Mariam, Lavrenti Béria, Slobodan Milosevic, Radovan Karazic, Félix Dzerjinsky, Daniel Ortega, Agostinho Neto, Kim II-Sung, Kim Jong II, Kim Jong Un, etc.

Torna-se, portanto, necessário transpor a decisão do Parlamento Europeu para o ensino (básico, secundário e superior), como útil ferramenta para o conhecimento da História, o que actualmente não acontece.

Existe ainda uma tentativa de branqueamento dos crimes comunistas, nomeadamente o Holodomor, ocorrido na Ucrânia, entre 1932 e 1933, em que cerca sete milhões de pessoas morreram, ou o Grande Salto em Frente, ocorrido na China, entre 1958 e 1962, em que cerca quarenta milhões de pessoas morreram, com as grandes fomes, criminosamente planeadas por Estaline e Mao.

Temos ainda os “Campos da Morte”, no Cambodja, entre 1975 e 1978, em que cerca dois milhões de pessoas morreram às mãos dos Khmers Vermelhos de Pol Pot;

Não esquecer o que se passa na Coreia do Norte, desde 1948 até à actualidade. Veja-se o mais recente caso de um oficial sul-coreano que foi assassinado e incinerado pelos norte-coreanos, o que obrigou Kim Jong Un a pedir desculpa.

Quase nada disso vem mencionado nos livros de História, onde a palavra comunismo é normalmente ocultada ou suavizada.

Ser fascista e comunista num país livre é fácil; difícil mesmo é ser livre num país fascista e comunista.

Aplaude-se, portanto, a resolução aprovada pelo Parlamento Europeu.

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