26 Abril 2024, Sexta-feira
- PUB -
InícioOpiniãoPensar Setúbal: A tão aguardada reconversão do edifício da Universidade Moderna

Pensar Setúbal: A tão aguardada reconversão do edifício da Universidade Moderna

 Chegou-nos finalmente a boa notícia que o edifício da antiga Universidade Moderna, irá dar lugar a um conjunto residencial.

- PUB -

No início da Estrada das Machadas – que liga o Rio da Figueira ao Parque de S. Paulo – as antigas instalações universitárias irão ser reconvertidas e ampliadas, com um novo edifício e a construção deve arrancar brevemente, para estar concluída em 2022, num investimento estimado em cerca onze milhões de euros.

Criado em 1989, o estabelecimento de ensino superior de Setúbal da Dinensino (Universidade Moderna), foi considerada, na ocasião, uma excelente notícia. Concluir um curso superior passou a ser possível para muitos jovens de Setúbal e para toda esta região, sem ter de passar a ponte diariamente para Lisboa, como foi o meu caso e o de tantos e tantos estudantes.

O novo edifício escolar da Estrada das Machadas começou por ministrar os cursos de licenciatura de Arquitectura, Investigação, Social Aplicada, Organização e Gestão de Empresas e Direito, abrangendo um total de oitocentos e cinquenta estudantes, durante cerca de dezoito anos.

- PUB -

Todavia, em 2008, o Ministério da Ciência e do Ensino Superior, então presidido por Mariano Gago, notificou a Universidade Moderna e a Dinensino, cooperativa que a geria, da decisão de encerrar compulsivamente a instituição, por suposta falta de viabilidade económica e grave degradação pedagógica.

O referido despacho determinava o encerramento compulsivo da Universidade Moderna em Lisboa, Setúbal e Beja.

Tal decisão acarretou o fim para este pólo da Universidade e o abandono das instalações, na Estrada das Machadas.

- PUB -

Todo o tecido académico, urbano e social dessa zona se ressentiu. Os alunos viram-se privados de um importante estabelecimento de ensino, mas também uma nova zona residencial e comercial, que se desenvolveu em torno da Universidade.

Durante estes treze anos, moradores e comerciantes locais têm tido por vizinhança um “elefante branco”, que coloca em risco a desejável segurança.

O referido edifício tem sido sucessivamente vandalizado e pilhado, tendo-se transformado num atentado à segurança e uma vergonha para a própria cidade.

Visto por fora, tudo o que foram caixilharias de portas e janelas foram oportunamente roubadas, mas é no interior da antiga e abandonada Universidade Moderna que o panorama se revela mais caótico e dantesco.

Diz quem lá esteve no interior das instalações, que faz lembrar um cenário de guerra, com computadores, mobiliário e muita papelada espalhados pelo chão, do átrio principal, bem como pelas diversas salas de aulas e auditório.

Ainda segundo a mesma descrição, parte dos tectos falsos foram arrancados, bem como todo o sistema eléctrico. Alumínios, cabos eléctricos, torneiras e outras ferragens desapareceram.

Muito deste material é inflamável e os bombeiros já foram chamados ao local por diversas vezes.

Como se pode facilmente imaginar, o edifício albergou clandestinamente diversos indivíduos que aí habitavam e que foram progressivamente degradando o imóvel.

Sendo um espaço privado, colocou sempre naturais constrangimentos e limitações à Câmara Municipal de Setúbal na tentativa de resolução deste problema, ao longo de todos estes anos.

Aplaude-se, portanto, esta decisão em transformar definitivamente todo aquele espaço degradado do antigo edifício da Universidade Moderna, num moderno espaço habitacional.

- PUB -

Mais populares

Cavalos soltam-se e provocam a morte de participante na Romaria entre Moita e Viana do Alentejo [corrigida]

Vítima ainda foi transportada no helicóptero do INEM, mas acabou por não resistir aos ferimentos sofridos na cabeça

Árvore da Liberdade nasce no Largo José Afonso para evocar 50 anos de Abril

Peça de Ricardo Crista tem tronco de aço corten, seis metros de altura e cerca de uma tonelada e meia de peso

Homem de 48 anos morre enquanto trabalhava em Praias do Sado

Trabalhador da Transgrua estava a reparar um telhado na empresa Ascenzo Agro quando caiu de uma altura de 12 metros
- PUB -