29 Março 2024, Sexta-feira
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Novo Governo leva mais PS de Setúbal ao Parlamento

Dos nove deputados eleitos pelo Partido Socialista no círculo eleitoral do distrito de Setúbal nestas Legislativas, pode acontecer que também o 14.º da lista tenha assento na Assembleia da República. Basta que se confirmem os cinco ministeriáveis da lista

 

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Com o secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, já indigitado pelo Presidente da República para chefiar o XXII Governo Constitucional, a formação do mesmo deverá acontecer no final de Outubro, esse é pelo menos o desejo de Marcelo Rebelo de Sousa.

O processo eleitoral, segundo o estabelecido pela Comissão Nacional de Eleições, só termina esta quarta-feira (no décimo dia posterior à eleição), ou seja, depois de apurados os votos dos círculos da Europa e fora da Europa, que elegem, cada um deles, dois deputados.

Na conta aos dias tem de se considerar que, pela Constituição, a Assembleia da República reúne no terceiro dia posterior ao apuramento de todos os resultados finais oficiais das eleições. Mas o dia 19 bate num sábado e o Primeiro-ministro ainda vai ter de apresentar os titulares das pastas ministeriais ao Presidente da República, assim sendo, está previsto que a Assembleia da República tome posse na manhã de 23 de Outubro e à tarde o Governo.

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Será nessa altura que se saberá se a lista do Partido Socialista pelo círculo eleitoral de Setúbal é muito ou pouco ministeriável. Para já é praticamente dado como certo que pelo menos dois nomes da lista vão para o novo elenco liderado por António Costa: Eduardo Cabrita que no XXI Governo foi ministro da Administração Interna, e agora poderá mudar de pasta, e Ricardo Mourinho Félix como secretário de Estado Adjunto e das Finanças.

Recorde-se que há quatro anos, depois do PS ter eleito sete mandatos pelo círculo de Setúbal, depois da constituição do Governo acabaram por ter assento no Parlamento nacional onze nomes da lista.

 

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Para além das pastas de Eduardo Cabrita e Ricardo Mourinho, Catarina Marcelino foi nomeada secretária de Estado da Igualdade e Inês de Medeiros (actual presidente da Câmara de Almada) saiu da bancada para assumir a vice-presidência do novo conselho de administração da INATEL. Com isto a almadense Francisca Parreira, no lugar onze da lista, conseguiu uma cadeira no Parlamento, tendo saído da Assembleia da República na primeira remodelação do Governo, com o regresso de Catarina Marcelino à bancada.

Ora, o figurino poderá ser muito parecido com o novo Governo. A própria Ana Catarina Mendes, líder da lista socialista por Setúbal e secretária-geral Adjunta do Partido Socialista disse a O SETUBALENSE que pela “grande qualidade da lista” esta pode ser considerada “ministeriável”. Este é também o ponto de vista de Paulo Lopes, presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Setúbal.

“Contamos que Fernando José tenha assento no hemiciclo”. Paulo Lopes está a referir-se ao 11.º lugar da lista, tendo por previsão que, pelo menos, Eduardo Cabrita e Ricardo Mourinho vão ocupar pastas em ministérios. O certo é que António Costa já disse que a constituição do novo Governo não andará longe da do anterior.

 

Portanto, poderá acontecer que Catarina Marcelino volte a merecer confiança para um lugar governativo, assim como João Galamba que, no Governo que agora finda, ocupou funções como Secretário de Estado da Energia – Ambiente e Transição Energética. Outro nome que não pode ser colocado fora da equação é a própria Ana Catarina Mendes.

Vozes dentro do PS dizem que a secretária-geral adjunta tem lugar no novo Governo, e fala-se que a saída de Vieira da Silva de ministro do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, pode ter como sucessão Ana Catarina Mendes, sendo-lhe apontado perfil para liderar este Ministério sensível e exigente. Mas também se fala na liderança da bancada socialista.

Com este alinhamento, dos nove deputados eleitos podem ter assento no Parlamento nomes até ao 14.º lugar. Entrariam assim na calha Sofia Araújo, de Sines, Fernando José, de Setúbal, Clarisse Campos, de Alcácer do Sal, Ivan Gonçalves, de Almada e Bruno Barata, do Seixal.

Directamente eleitos, Ana Catarina Mendes a sua ligação é com Almada, Eduardo Cabrita com o Barreiro, Eurídice Pereira à Moita, João Galamba a Lisboa, Ricardo Mourinho Félix a Setúbal, Catarina Marcelino é um nome do Montijo, Maria Antónia Almeida Santos, de Lisboa, Filipe Pacheco, de Almada e André Pinotes, do Barreiro.

 

Nesta hipótese, vista até ao 14º lugar da lista, verifica-se que Almada é o concelho do distrito com mais deputados no Parlamento, três, seguido de Setúbal com dois deputados. Mas o mais perto de confirmar lugares é mesmo o concelho de Setúbal.

“O reforço do PS de Setúbal no Parlamento da República é muito importante para mantermos o partido mais vivo, dinâmico e aberto à sociedade civil, e também chamar independentes para o nosso projecto”, diz Paulo Lopes.

O presidente da Concelhia Socialista de Setúbal está já com as armas apontadas às Autárquicas de 2021 e fala mesmo de “ambição para um novo ciclo”, ao mesmo tempo afirma que o PS no concelho vive “um espírito de união e de trabalho para construir o futuro em Setúbal”. E, para dar mais élan a este seu desejo, espera que o vereador na Câmara de Setúbal, em regime de substituição, Fernando José passe a ter voz no Parlamento da República. “O trabalho do PS no concelho de Setúbal é reconhecido pela Federação Distrital do partido e pela população”, afirma.

 

PS e Bloco dão peso a Almada no Parlamento

O concelho de Almada conta com quatro deputados eleitos para a Assembleia da República, seguido de Setúbal e Barreiro com três cada um

 

Dos 18 lugares a serem ocupados por deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Setúbal na Assembleia da República, nove vão para a bancada do PS, três para o lado da CDU, outros três para o PSD, dois para o grupo parlamentar do BE, e um para o PAN, isto na contagem dos votos expressos convertidos pelo método Hondt.

Mas qual o concelho do distrito de Setúbal que fica com mais peso na Assembleia da República?

Considerando apenas os directamente eleitos dos cinco partidos que conseguiram representação pelo distrito no Parlamento, Almada tem assento com os socialistas Ana Catarina Mendes e Filipe Pacheco, e ainda com as bloquistas Joana Mortágua e Sandra Cunha, portanto, quatro.

No segundo lugar surgem dois concelhos, Setúbal e Barreiro, ambos com três mandatos. No caso de Setúbal foram eleitos Ricardo Mourinho Félix pelo PS, mais Nuno Carvalho e Fernando Negrão pelo PSD. Do Barreiro, têm assento os socialistas Eduardo Cabrita e André Pinotes, e ainda o eleito pelo PEV (CDU) José Luís Ferreira.

Com dois mandatos estão também dois concelhos: Moita e Seixal. A socialista Eurídice Pereira da Moita, assim como a social-democrata Maria Fernanda Velez. Do concelho do Seixal vem a comunista Paula Santos e Cristina Rodrigues eleita na lista do PAN.

No caso do Montijo, foi eleita a socialista Catarina Marcelino.

De fora do distrito de Setúbal foram eleitos três deputados referenciados com Lisboa, é o caso dos socialistas João Galamba e Maria Antónia Santos, assim como o comunista Francisco Lopes.

Se for considerada a hipótese da lista do Partido Socialista pelo Distrito de Setúbal eleger até ao 14.º mandato, isto considerando possíveis saídas para cargos de governação, na Assembleia da República poderão também figurar Sofia Araújo, de Sines, Fernando José, de Setúbal, Clarisse Campos, de Alcácer do Sal, Ivan Gonçalves, de Almada e Bruno Barata, do Seixal.

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