20 Abril 2024, Sábado
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Coca-Cola investe 120 milhões na fábrica de Azeitão para produzir novos produtos

Empresa tem plano de desenvolvimento de novas categorias de bebidas, além dos refrigerantes. Linhas de engarrafamento da fábrica vão receber investimento em função do desenvolvimento dos novos produtos

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A Coca-Cola vai investir 120 milhões de euros em Portugal, nos próximos cinco anos, para transformar-se numa “empresa total de bebidas”, revelou ontem a Coca-Cola European Partners (CCEP), empresa que detém a fábrica da marca, em Azeitão, concelho de Setúbal.
Esta unidade industrial está a celebrar os 40 anos de existência e recebeu ontem a visita do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que destacou a importância do investimento da marca em Portugal.
Durante a visita às instalações da Coca-Cola, o governante lembrou que se trata de uma marca que só entrou no país depois da Revolução de Abril de 1974, mas que considerou ser um bom exemplo sobre o acolhimento do investimento estrangeiro em Portugal.
“A Coca-Cola só entra em Portugal depois de ter entrado a liberdade. Isso é simbólico e mostra o que foi a abertura do 25 de abril, que muitas vezes não se percebe completamente. O 25 de Abril foi uma abertura da sociedade à liberdade, à participação política, à imprensa livre, mas foi também uma abertura ao exterior”, disse, salientando a importância do investimento estrangeiro para o país, mas destacando também a forma como esse investimento estrangeiro é recebido em Portugal.
“Portugal recebe investimento estrangeiro como se fosse investimento nacional, cria condições para que esse investimento aqui cresça, aqui floresça, aqui exporte para o mundo”, frisou Manuel Caldeira Cabral.
O plano da Coca-Cola para o mercado português é entrar na produção e comercialização de novas categorias de bebidas, além dos refrigerantes, explicou o director de Relações Externas e Comunicação da CCEP.
“Pretendemos aumentar o nosso portfólio, entrar em novas categorias de bebidas, com produtos orgânicos, biológicos e de sementes, como os cafés”, disse Márcio Cruz, excluindo as bebidas alcoólicas.
O investimento para a concretização deste plano, a cinco anos, envolve um montante total de 120 milhões de euros que, segundo o mesmo responsável será repartido pelas áreas industrial, logística e comercial, a uma média de 40 milhões por ano.
Boa parte dos 120 milhões de euros, que Márcio Cruz não quantificou, será investida no esforço comercial de conquista de quota de mercado para os novos produtos a desenvolver pelo que, nos próximos anos, a empresa vai aumentar consideravelmente o investimento em marketing e publicidade.
Para investimento na fábrica, em Azeitão, estão reservados já para este ano 1,5 milhões de euros, na melhoria das oito linhas de montagem, mas, nos anos seguintes, e em função da inovação e desenvolvimento dos novos produtos, esta unidade industrial em Portugal vai receber outros montantes, para acolher as novas produções.
O anúncio do investimento de 120 milhões foi feito pelo novo responsável da CCEP para Portugal, Rui Serpa, que fez um enquadramento da presença da marca em Portugal.
“Desde a chegada da Coca-Cola ao nosso país que a marca quis afirmar-se como empresa de referência, iniciando desde logo a sua expansão em Portugal, através do lançamento de novos produtos, adaptando-se à evolução das exigências dos consumidores e promovendo um consumo cada vez más responsável.”
“Hoje somos um importante motor da economia portuguesa, pelo emprego que geramos – 5.560 empregos diretos e indiretos, pela capacidade de produção e inovação e também pelo envolvimento na sociedade. Contamos no nosso portfolio em Portugal com 12 marcas, 49 produtos e 124 referências, sendo que atualmente as bebidas com baixas calorias e sem açúcar representam já 28% das nossas vendas em Portugal.”, afirmou o responsável.
Sobre o novo imposto sobre as bebidas açucaradas (IABA), que, até Dezembro de 2017, rendeu uma receita fiscal de 69,6 milhões de euros, o governante confirmou que o grupo de trabalho criado para avaliar o impacto da taxa, está a estudar a criação de novos escalões.
“O grupo está a trabalhar no sentido de desenvolver melhor o incentivo para que a medida seja vista como incentivadora e não penalizadora”, disse Manuel Caldeira Cabral.
O ministro defende que as empresas produtoras de bebidas açucaradas, como a Coca-Cola, estão a “beneficiar” do crescimento do mercado nacional, por via do aumento do rendimento das famílias e do incremento do número de turistas que visitam Portugal.
Caldeira Cabral disse ainda que a presença da Coca-Cola em Portugal é um “produto simbólico” da abertura do país ao investimento estrangeiro e notou que a fábrica se instalou com a chegada da liberdade permitida pelo 25 de Abril.

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