24 Abril 2024, Quarta-feira
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Autarcas da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira reafirmam aeroporto em Alcochete

A Assembleia da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira desclassifica as medidas apaziguadoras que o Estudo de Impacte Ambiental do novo Aeroporto no Montijo propõe para diminuir o ruído. Os autarcas deste território da Moita estão cada vez mais do lado de Alcochete

 

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O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) relativo à construção do novo aeroporto de Lisboa na Base Aérea n.º 6 do Montijo assume que a população da Moita e Barreiro vão estar sujeitas a perturbação pelo ruído relacionado com o atravessamento de do território destes dois concelhos. Entre os mais afectados, estão os residentes da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira (UFBBVA).

Para o executivo desta União de Freguesias do concelho da Moita, esta é matéria suficiente para afastar o aeroporto do Montijo e passá-lo para o Campo de Tiro de Alcochete, uma localização que chegou a estar em cima da mesa e que merece o aplauso dos autarcas comunistas.

Na reunião pública da última segunda-feira, os autarcas da freguesia “aprovaram por unanimidade” um parecer do executivo onde se refere que o EIA relativo ao novo aeroporto no Montijo e respetivas acessibilidades, “confirma todos os receios e todas as críticas que esta Junta de Freguesia tem vindo a fazer a este projeto”, realça Nuno Cavaco, presidente da UFBBVA.

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Embora considere que a Moita será o concelho “mais afectado” com a funcionalidade deste aeroporto, quer em Ambiente Sonoro, quer em expansão urbana, o EIA garante que com a “aplicação de medidas ambientais adequadas”, o impacte passa a ser, “de certa forma, minimizado”.

Um argumento que não colhe o apoio dos eleitos da Assembleia de Freguesia que consideram que o estudo “não se pronuncia sobre muitos assuntos relevantes para a população da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira”, e quando o faz “não os aborda de forma correcta, fazendo apenas “referências superficiais”.

Refere ainda a proposta aprovada existir uma “possível degradação do estado de saúde da população”, para além de que haverá zonas do território onde “não se poderá edificar”, e outras zonas onde “as futuras construções terão muitas condicionantes”. A isto acrescenta o documento que está em causa a segurança das populações, para além de ser “colocada a hipótese de substituir o Parque José Afonso”, ora tudo isto “merecem-nos o mais profundo repúdio”.

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Com o EIA a insistir que face às medidas ambientais propostas como o isolamento de fachadas nos receptores sensíveis, e especialmente sensíveis, localizados nas zonas mais perturbadas ou a adopção de procedimentos de aterragem e descolagem menos ruidosos, “espera-se que os impactes possam ser minimizados, passando a ser pouco significativos”, mas os autarcas não alinham por este diapasão e estão convictos que os efeitos da solução Portela+1 vai “reduzir o valor das habitações na área da UFBBVA”. Aliás, garantem que este impacte “não foi estudado” e ao mesmo tempo reafirmam que “não estão salvaguardadas no EIA medidas que correspondam às necessidades de monitorização da saúde da população, nomeadamente quanto aos efeitos do ruído e da degradação da qualidade do ar”.

Perante tantas dúvidas consideram que o EIA “não abrange todos as áreas que deveria, que muitas das temáticas abordadas ou são mal abordadas ou são abordadas superficialmente”, por isso reiteram estar em “desacordo” quanto ao processo de decisão e quanto ao próprio estudo, assim sendo, “a melhor solução seria a construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete”.

O rol de críticas dos autarcas de freguesia do EIA estende-se também ao Governo que acusam de não ter informado a população, do mesmo modo protestam por as solicitações da Junta para que fossem colocados vidros duplos , caixilharia e coberturas adequadas nas casas e nos equipamentos coletivos que estão na zona do cone de aproximação terem sido “desprezadas”.

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