26 Abril 2024, Sexta-feira
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Bispo de Setúbal apela à solidariedade com Pedrogão Grande

No domingo vai haver um peditório na Diocese de Setúbal. Incêndio de sábado fez mais de 60 mortos, e foi maior tragédia do género das ultima décadas em Portugal

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O Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, manifestou ontem o seu voto de pesar pela tragédia ocorrida em Pedrógão Grande, e apela à oração e solidariedade das comunidades, em articulação com a Cáritas Diocesana.
Numa nota enviada ao DIÁRIO DA REGIÃO, pela Diocese, o bispo dirigiu uma mensagem “aos cristãos e todas as pessoas de boa vontade”.

“Se notícias destas não são, infelizmente, raras no nosso país, esta assume dimensões especialmente dramáticas, que não
podem deixar ninguém indiferente, pela perda de tão numerosas vidas humanas e pela destruição de ingentes bens necessários à vida”, diz D. José Ornelas, sublinhando a importância de estarmos “activamente próximos de quem perdeu os seus entes queridos, de quem ficou sem os seus bens, de todos os que lutam e se empenham em socorrê-los: bombeiros, instituições de socorro e voluntários.”

O prelado recomenda, por isso, “a todas as paróquias, comunidades religiosas e movimentos da diocese, que mobilizem todos os seus membros para lançar um olhar de solidariedade para quem precisa” e pede que “no próximo domingo, todas as comunidades façam um peditório especial com esta finalidade e o enviem, quanto antes, à Diocese ou directamente à
Cáritas”.
O bispo termina a mensagem informando que pediu à Caritas Diocesana de Setúbal que “em ligação com a Cáritas Nacional,
coordene estas e outras acções que venham a ter lugar, de modo que a solidariedade possa chegar o mais rapidamente possível a quem precisa”

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Segundo mais grave da Europa e um dos piores incêndios do mundo

O incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, é o que mais vítimas mortais provocou nas últimas décadas, em Portugal, e um dos mais graves a nível mundial, nos últimos anos, com pelo menos 62 mortos e 54 feridos.

A nível europeu, o fogo de Pedrógão Grande é apenas ultrapassado, em número de vítimas, pelos incêndios na Grécia, durante o verão de 2007, que provocaram a morte de 77 pessoas, e pelos fogos na Aquitânia, em França, há quase 70 anos, quando morreram 82 pessoas. Na Rússia, em 2010, os incêndios de verão causaram perto de seis dezenas de vítimas mortais.

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Em Portugal, em Setembro de 1966, um fogo na serra de Sintra foi notícia em todo o mundo, devido à morte de 25 militares do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa de Queluz (RAAF), que tentavam combater as chamas.

Em 1985, em Armamar, morreram 14 bombeiros apanhados pelas chamas e, no ano seguinte, em Águeda, o fogo provocou 16 mortos.

Os incêndios de 2003 causaram duas dezenas de mortos, em todo o país. E, em agosto de 2013, quando se registaram mais de 7.000 incêndios, morreram nove pessoas – oito bombeiros e um civil – com 120 mil hectares de floresta ardida.

No ano de 2012, centenas de incêndios registados em Portugal provocaram seis mortos, quatro deles bombeiros. No ano passado, morreram três pessoas, nos incêndios na Madeira, que destruíram 37 habitações, uma situação que levou o Governo a fazer um pedido de ajuda à União Europeia para o combate ao sinistro.

Em junho de 2006, no distrito da Guarda, cinco bombeiros chilenos morreram ao combaterem o fogo.

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