20 Abril 2024, Sábado
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Um milhão de metros cúbicos de areia reforçam praias da Costa de Caparica

 

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Durante os próximos dois meses a frente de praias da cidade da Costa de Caparica vai receber um milhão de metros cúbicos de areia. A intervenção vai causar incómodos a banhistas e concessionários, mas a APA explica que só neste período o mar oferece condições para esta obra

 

A alimentação artificial de areias nas praias entre a Costa de Caparica e São João, em Almada, já começou. Agora é contar 60 dias até ao final desta intervenção da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que vai abranger dez praias com o objectivo de melhorar a protecção de costa contra o desgaste provocado pela erosão do mar.

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No total é um milhão de metros cúbicos de areias dragadas do canal da Barra Sul, na entrada do estuário do Tejo, que começa a ser depositado na praia da Saúde e avança na direcção norte até à frente de praias de S. João.

Esta operação protocolada entre a APA e a Administração do Porto de Lisboa, a 21 de Dezembro de 2018, vai decorrer de forma intercalada até 12 de Outubro, sendo cada zona de praia interditada conforme recebe a deposição de areia.

“É uma obra necessária”, explica a secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Célia Ramos. “Por questão de segurança, cada praia vai sendo pontualmente confinada”, acrescenta.

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Com as praias da Costa da Caparica a receberem milhões de veraneantes em período de época balnear, tanto banhistas como concessionários têm-se interrogado sobre o porquê destes trabalhos decorrerem precisamente no pico de afluência às praias.

Explica José Pimenta Machado, vice-presidente da APA, que assim acontece porque “esta é a altura do ano mais propícia com o mar a oferece condições” para a operação de dragagens e sequente descarga de areias nas praias. Areias estas que, garante este responsável, “foram sujeitas a análises e verifica-se serem de muito boa qualidade”.

Com a secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza a afirmar que esta obra vai ter “um impacto muito significativo na protecção de todo o sistema urbano e de pessoas e bens”, José Pimenta Machado acrescenta que a frente atlântica de Almada “está no top cinco das áreas da orla costeira de Portugal continental que está mais exposta ao risco de erosão costeira”. A confirmar isto, estão os 150 metros de areal que as praias da cidade da Costa de Caparica perderam perante o avanço do mar entre 1950 e 2007, dava a saber.

Também para a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, o enchimento artificial de areias das praias da Costa de Caparica é fundamental para tentar travar o avanço do mar e “proteger pessoas e bens”. Em últimos invernos, têm-se visto as ondas galgarem o paredão e ameaçar espaço urbano. “A erosão costeira está à vista; a redução do areal é evidente e “deixa-nos preocupados quanto à economia local”, acrescentava.

Inês de Medeiros, que recebeu ontem o vice-presidente da APA e a secretária de Estado Célia Ramos no Posto de Turismo da Costa de Caparica para a assinatura do auto de consignação da obra, afirmou que investimentos para estas intervenções “têm de ser feitos”, não só para proteger a frente dunar nos próximos anos mas também para “estarmos melhor preparados para as alterações climatéricas”. E este Verão tem sido prova que algo está mesmo a mudar na tipologia do clima. “Tem sido surpreendente”, comentava a autarca que dava a saber estarem a decorrer estudos por parte do LNEC para estudar as alterações de clima.

Esta alimentação artificial de areias na frente de praias da Costa de Caparica implica um investimento de 5,8 milhões de euros, financiados por fundos comunitários do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

Entretanto, a APA criou uma aplicação para telemóvel que permite acompanhar cada passo destas operações na frente de costa, assim como um endereço mail para esclarecer dúvidas. Estão disponíveis na página da APA (https://apambiente.pt/).

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