18 Abril 2024, Quinta-feira
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Barreiro ‘converte’ terminal em ninho de empresas

“Terrenos da Baía do Tejo são local de excelência para empresas que vão acompanhar o aeroporto”, diz vereador que acrescenta ainda que a localização do território, face a Lisboa, trará sempre boas perspectivas de futuro para o Barreiro

 

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Os terrenos industriais da Baía do Tejo, onde a Administração do Porto de Lisboa planeava construir o Terminal Logístico de Contentores do Barreiro, não vão ficar vazios.
Em declarações a O SETUBALENSE, Rui Braga, vereador responsável pelo Departamento de Planeamento, Gestão Territorial e Equipamento na Câmara do Barreiro afirma que, agora, “os terrenos vão estar disponíveis para receber empresas, cujo sector de negócio venha a gravitar em torno do aeroporto do Montijo”.

Para o vereador esta é uma reconversão que faz todo o sentido, “tendo em conta a proximidade do concelho ao futuro aeroporto e a perspectiva de as pontes rodoviárias entre o Barreiro, Montijo e Seixal se concretizarem”. Sendo que as mesmas já foram, inclusive, confirmadas pelo primeiro-ministro, no conjunto de acessibilidades que acompanham o projecto do aeroporto do Montijo.

“Por isso, o mais importante neste momento é manter os terrenos disponíveis para receber novas propostas de desenvolvimento. E foi isso que quis dizer a semana passada, quando referi que temos de fechar a porta ao Terminal de Contentores e pensar no futuro do Barreiro”, esclarece Rui Braga.

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Quanto ao tempo e investimento financeiro dedicado ao Terminal nos últimos três anos, Rui Braga defende que “nunca será dado como perdido”.

O executivo PS que assumiu funções na Câmara em 2017 acompanhou o desenvolvimento do projecto, incluindo o redesenho do mesmo, em 2018, após o primeiro indeferimento da Agência Portuguesa do Ambiente, devido à localização do terminal na frente ribeirinha, próximo à Avenida Bento Gonçalves, também conhecida por Avenida da Praia. Na época surgiu então a hipótese de os terrenos industriais da Baía do Tejo receberem o projecto.

“Nestes três anos”, explica Rui Braga, “a Câmara do Barreiro integrou um consórcio, do qual também faz parte a Baía do Tejo, e que desenvolveu um trabalho de equipa sobre diferentes soluções para o Barreiro, para que fosse possível trabalhar em diferentes vertentes, fosse qual fosse o futuro”.

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No fim, Rui Braga assume que, “ficou a experiência e um conjunto de ideias que entram agora em campo, para que o Barreiro possa acompanhar o desenvolvimento da região”. Isto, com ou sem aeroporto.

“Afinal, o concelho deve conquistar sustentabilidade, independentemente dos grandes projectos nacionais que possam vir a encontrar o seu lugar na margem do sul do Tejo”. Porque, no caso de os terrenos industriais da Baía do Tejo viram a receber mais empresas, “essa será uma posição estratégica, com ou sem o novo aeroporto no Montijo, devido à proximidade com Lisboa”, explica.

Uma semana depois de se tornar público o indeferimento do projecto pela Agência Portuguesa do Ambiente e do ministro das Infraestruturas e Habitação afirmar que o projecto não prosseguirá, o Barreiro não baixa os braços e coloca a primeira proposta em cima da mesa. Quanto a outros planos que o Governo possa ter para os terrenos industriais da Baía do Tejo, a Câmara Municipal desconhece.

A Administração do Porto de Lisboa, promotora do projecto do Terminal Logístico de Contentores, permanece em silêncio quanto a um possível recurso ou redesenho do projecto e sobre qual será a solução para completar a capacidade logística da região, que até 2026 estará esgotada.

PCP insiste em reestruturação do projecto

Sobre o Terminal Logístico de Contentores, em comunicado o PCP afirma a urgência de se reconsiderarem medidas que assegurem o desenvolvimento daquela infra-estrutura. Medidas que tornem o projecto “compatível com a qualidade de vida das populações, a defesa dos valores naturais e com o desenvolvimento daquela região e do país”.

Para o PCP “o desenvolvimento do país reclama o investimento no sector portuário, potenciando os diferentes portos nacionais numa lógica de complementaridade”, o que seria possível com a “dinamização mais ampla das duas margens do Tejo, ampliando a sua capacidade, modernizando a sua operação, redinamizando a actividade produtiva e requalificando aquele território”. Uma ideia que foi ganhando força com este projecto ao longo dos últimos anos.

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