20 Abril 2024, Sábado
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Primeiro paciente de Setúbal infectado com Covid-19 está curado e teve alta

  • Homem de 76 anos é o paciente número um do Hospital São Bernardo, no internamento e na cura. Mas médicos dizem que a luta ainda agora começou e não há equipamentos

 

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No dia em que o primeiro-ministro lançou a “ordem para ficar em casa”, Setúbal confirmou o seu primeiro caso de Covid-19 curado e com alta. O paciente tem 76 anos e representa também o primeiro caso que havia sido identificado em Setúbal há cerca de duas semanas.

Com mais quatro casos ainda em tratamento, dos quais três estão em em casa, apenas um permanece internado no Hospital de São Bernardo. Setúbal conta agora também com a apoio da AMI – Fundação de Assistência Médica Internacional no combate à epidemia de Covid19.

A fundação colocou duas tendas de campanha no campus do Hospital de S. Bernardo para rastreio a doentes e apoio a equipas médicas.
Para além do apoio da AMI o Hospital de São Bernardo já contava com uma tenda de campanha da Cruz Vermelha Portuguesa e seis contentores da Câmara Municipal de Setúbal.

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Equipamentos que o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), afirma que “estão longe de serem suficientes em todos os hospitais da região”, onde, “além das estruturas, o mais grave são médicos, enfermeiros e auxiliares nas urgências, sem máscaras”.

Fotografia: ALEX GASPAR

A carência é “transversal” e “acompanha muitas queixas de médicos”, não só na falta de máscaras, mas também de “luvas, fatos especiais, desinfectante e salas de isolamento”. Situações que estão a “colocar em risco equipas do Garcia de Orta, Centro Hospitalar Barreiro Montijo, Hospital São Bernardo e Agrupamentos de Centros de Saúde, sendo nos casos destes, as situações mais graves Almada-Seixal e Arrábida”.

Á hora do fecho desta edição o SMZS reunia com a Direcção-Geral de Saúde, com o objectivo de esclarecer quando e como vai chegar aos centros hospitalares e agrupamentos de centro de saúde da região o equipamento em falta para consultas e atendimento em urgência geral. “No momento em que passamos da fase de contenção alargada para a primeira fase de mitigação, com cadeias de transmissão activas em todas as regiões do país, só na região de Lisboa e Vale do Tejo são 278, não temos garantias de segurança, nem plano de acção para o que vem por aí”, afirmou Zita Gameiro, dirigente deste sindicato, em declarações a O SETUBALENSE.

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Para além dos materiais em falta, os médicos esperam que nesta reunião fique definido de que modo vão actuar em caso de contágio, para garantir o seu isolamento e monitorizar as possíveis cadeias de contágio associadas, “uma vez que estão em contacto directo com várias pessoas”.

Zita Gameiro aponta estas cadeias como as situações mais problemáticas. “Já há vários médicos no distrito infectados, tornando-se focos de cadeias de transmissão dentro dos hospitais”, revela. “E assim vamos ficando com menos profissionais disponíveis, num Serviço Nacional de Saúde que já pouco tinha”.

Uma simples máscara

Fotografia: ALEX GASPAR

Estes focos que poderiam ser contidos através de gestos básicos. “Trocar as máscaras a cada três horas, o que não é possível, porque não há material. Médicos e enfermeiros passam turnos, de pelo menos oito horas com a mesma máscara”, explica Zita Gameiro.
Quanto ao alegado desaparecimento de mascaras e luvas em diferentes hospitais da região, um mês antes da Covid-19 ser confirmada no país, o SMZS confirmar que “aconteceu de facto em vários equipamentos da saúde do distrito, segundo denunciaram alguns médicos”.

Agora, centros hospitalares e agrupamentos de centros de saúde tentam obter este tipo de materiais, “mas o mercado está esgotado e faltam verbas, que também queremos que sejam disponibilizadas atempadamente pelo Governo, o que parece estar contemplado nas medidas do estado emergência”.

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