8 Maio 2024, Quarta-feira

João Afonso revela que funcionária da Câmara testou positivo

João Afonso revela que funcionária da Câmara testou positivo

João Afonso revela que funcionária da Câmara testou positivo

Nuno Canta, presidente da edilidade, defende que o caso não pode ser atribuído à biblioteca já que o contágio foi registado “em ambiente familiar”. Foi a funcionária “a informar a autarquia”

 

Uma funcionária da Câmara do Montijo que higienizava a Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva testou positivo para Covid-19 no passado fim-de-semana e está a recuperar em casa.

A informação foi avançada pelo vereador do PSD, João Afonso, na reunião de câmara que decorre neste momento por videoconferência. Mas Nuno Canta, presidente da Câmara, retorquiu que o contágio aconteceu em “contexto familiar, fora das instalações municipais, como pode acontecer a qualquer um”.

O vereador do PSD acusou a gestão de omitir informação e relatou: “Mandaram a funcionária para casa. Mas os restantes funcionários que trabalham na biblioteca não foram testados”, afirmou, sublinhando que houve funcionários na biblioteca que manifestaram “desconforto” por não terem sido submetidos a testes.

“A biblioteca foi desinfectada pelas 8h00 da manhã de terça-feira e abriu à tarde”, adiantou, voltando a acusar a gestão socialista de tentar abafar a situação.

Nas instalações da biblioteca, lembrou o social-democrata, trabalham “cerca de oito funcionários”, que continuam a trabalhar no local sem terem sido rastreados.

“A Câmara Municipal tem de ser a primeira a dar o exemplo, a prestar informação fidedigna e rigorosa à população, falando verdade”, apontou.

Nuno Canta, presidente da autarquia, rejeitou a versäo. “Não temos nenhum caso na biblioteca. O vereador não pode dizer que há uma trabalhadora da biblioteca que foi infectada. A funcionária foi contagiada num enquadramento familiar, fora do contexto profissional”, defendeu.

O socialista frisou que foram testadas as colegas que estiveram em contacto com essa funcionária. “Apenas essas e não todos os funcionários, tal como as recomendações das autoridades de saúde”, sustentou, dando o exemplo da testagem que foi feita no caso da Raporal em que “também não foi testado todo o universo de trabalhadores na fábrica de transformação de carne”.

A vereadora Maria Clara Silva, responsável pelo pelouro da educação, acrescentou que a funcionária infectada informou a Câmara que tinha estado em contacto com um familiar que havia testado positivo, tendo ficado de imediato em isolamento em casa.

A socialista adiantou que foram realizados testes a mais duas funcionárias que estiveram em contacto com a trabalhadora. “Uma testou negativo e outra ainda está a espera do resultado”, salientou.

Já a vereadora Sara Ferreira, com a pasta da cultura, também interveio para vincar que a funcionária “já não se apresentou ao trabalho na quinta e na sexta-feira”.

Nuno Canta e Clara Silva reforçaram ainda que só foram testados os funcionários da biblioteca que as autoridades de saúde determinaram ser necessário, sublinhando que o contágio teve lugar em ambiente familiar, “não se podendo dizer que foi um caso na biblioteca”.

Carlos Jorge de Almeida, vereador da CDU, revelou que também a bancada comunista já tinha ouvido a versão apresentada por João Afonso.

“Não interessa se contraiu num contexto familiar. Tanto dá se apanhoh a doença num autocarro, num avião… o que interessa é a sua situação”, atirou.

O comunista adiantou que os funcionários que vão trabalhar na biblioteca se sentem assustados e têm receio, defendendo, tal como João Afonso, que deveriam ter sido testados outros funcionários na biblioteca.

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