19 Abril 2024, Sexta-feira
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Surto de Covid-19 na Corporação de Sapadores de Setúbal coloca em risco socorro às populações

Desde sexta-feira que o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores aguarda indicações sobre a operacionalidade da corporação devido a baixas por Covid-19

 

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A Corporação de Bombeiros Sapadores de Setúbal tem, actualmente, “sete casos de Covid-19 diagnosticados em operacionais” segundo confirmou a O SETUBALENSE Paulo Pires, presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS). O dirigente sindical afirma que “na passada sexta-feira [11] foi enviado um comunicado à autarquia e ao comando da corporação, para que o socorro às populações não fosse colocado em causa, devido à falta de operacionais por turno, mas até ao momento não houve resposta”.

Nem mesmo do gabinete do vereador Carlos Rabaçal, responsável pela Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal e Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros, “a quem o comunicado também foi dirigido” explica Paulo Pires.

Para além dos sete casos de infecção por Covid-19 “estão mais 8 a 9 operacionais em quarentena”, refere o dirigente.

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O efectivo mínimo recomendado são 18 elementos por turno e, “neste momento, a corporação tem apenas 10 elementos por turno, alguns deles limitados fisicamente devido a acidentes de trabalho dos quais ainda estão a recuperar”, explica Paulo Pires.
“Numa situação normal estes profissionais não devem participar numa operação de socorro”. No entanto, nos últimos dias, “já se registaram casos em que tiveram de marcar presença”, porque os elementos infectados e os que estão em quarentena “ainda não foram substituídos”, explica o presidente do sindicato.

Paulo Pires refere mesmo que “na quarta-feira, durante a manhã, o carro-escada não teve operacionais disponíveis para o manobrar”.

Quanto a uma solução com base num plano de socorro integrado, Paulo Pires explica “sempre que necessário vêm elementos de outras corporações, como de Palmela, para reforçar a resposta em Setúbal”. No entanto, “essa é uma situação ideal para casos excepcionais de incêndios, por exemplo, não para o socorro imediato do dia-a-dia”, afirma.

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Na situação actual, Paulo Pires defende mesmo que, “se a corporação apenas contar com o apoio de elementos exteriores para casos de maior emergência, o socorro diário ficará em causa, porque “será necessário aguardar disponibilidade de meios e operacionais vindos de outros territórios”, conclui.

Primeiro caso surgiu no início de Setembro

O primeiro caso de Covid-19 na Corporação de Bombeiros Sapadores de Setúbal “surgiu no início de Setembro”. Mas, na semana passada, a testagem regular dos operacionais revelou “mais casos positivos”.

Desde então o SNBS afirma que “nada foi feito para precaver o socorro na cidade”, tendo em conta a redução de cerca de 18 elementos na corporação, “que no seu máximo operacional deve ter 90 operacionais, distribuídos por quatro turnos”.

Na terça-feira, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo confirmou a O SETUBALENSE que foram diagnosticados seis casos de Covid-19, nos Bombeiros Sapadores de Setúbal, tendo sido determinada pela Autoridade de Saúde Local a desinfecção do espaço.

Mas, a O SETUBALENSE, o comandante Paulo Lamego apenas confirmou que “alguns elementos da corporação estariam de baixa médica, por diferentes motivos”, não sendo confirmados casos de contágio por Covid-19.

Ao jornal O SETUBALENSE a Câmara Municipal de Setúbal declarou “não ter qualquer comentário a fazer” sobre os casos de Covid-19 na Corporação de Bombeiros Sapadores.

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