8 Maio 2024, Quarta-feira

Hospitais de Setúbal e Barreiro-Montijo recorrem a contentores para acomodar corpos

Hospitais de Setúbal e Barreiro-Montijo recorrem a contentores para acomodar corpos

Hospitais de Setúbal e Barreiro-Montijo recorrem a contentores para acomodar corpos

As morgues já não são suficientes para o aumento da mortalidade

O Hospital de São Bernardo, em Setúbal, recebeu nos últimos dias um contentor frigorífico de auxílio ao acondicionamento dos corpos dos utentes falecidos. A nova estrutura, considerada necessária também devido ao aumento do número de óbitos causados pela Covid-19, encontra-se instalada junto à morgue da unidade hospitalar, não estando ainda em funcionamento.

Desta forma, os corpos passarão também a ser conduzidos para o referido contentor, já colocados dentro de urnas, de forma a permitir o aumento da capacidade da casa mortuária.

Situação semelhante está a acontecer no Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM), onde se encontram actualmente instalados dois contentores frigoríficos para o mesmo efeito, segundo confirmou ontem o conselho de administração do hospital em resposta escrita enviada à agência Lusa.

A instalação dos dois contentores frigoríficos, que já se encontram em funcionamento, deve-se “ao aumento da mortalidade que neste momento se verifica e que se deve, em parte, à evolução da pandemia Covid-19”. Além disso, acrescenta o conselho de administração, há ainda “o incremento da taxa de mortalidade tipicamente verificada nesta altura do ano, decorrente essencialmente do impacto das condições climatéricas adversas na saúde da população”.

Na resposta à agência Lusa, o conselho de administração adianta que o CHBM contratou a disponibilização de dois contentores frigoríficos “para assegurar o melhor acondicionamento dos corpos dos utentes falecidos”, aumentando, igualmente, a capacidade de acolhimento de cadáveres na casa mortuária e “acautelando eventuais necessidades futuras”.

“Esclarece-se que, ao dia de hoje [ontem], ainda não se mostrou necessária a utilização do segundo contentor, estando as necessidades nesta área a ser garantidas na casa mortuária e pela utilização de apenas um dos contentores”, afirma o conselho de administração do centro hospitalar, sem revelar a capacidade de cada contentor frigorífico, nem o número de óbitos registados até ao momento.

Com SSM (ZO/GC) // VAM // Lusa

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