20 Abril 2024, Sábado
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Jogadores vitorianos trocam bola por tachos e panelas para ajudar sem abrigo

Semedo, Nuno Pinto e Zequinha e o treinador Diego Silva ajudaram a confecconar refeições

 

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No passado sábado, dia em que ajudaram dentro do campo o Vitória FC a vencer (5-2) o Lusitano de Évora, em mais uma jornada da série H do Campeonato de Portugal, os jogadores José Semedo, Nuno Pinto e Zequinha e o treinador de guarda-redes, Diego Silva, contribuíram para uma causa solidária no Centro de Apoio ao Sem abrigo (CASA), em Setúbal.

O quarteto vitoriano aderiu à iniciativa “O Tacho Solidário”, projecto promovido pela associação que presta apoio alimentar, vestuário, balneário e encaminhamento para apoio social a pessoas sem abrigo. Ao lado de outros voluntários, os atletas e o técnico pegaram nos tachos e panelas e ajudaram a confecionar as refeições que por estes dias chegam a cada vez mais pessoas.

Com palavras de incentivo e agradecimento a quem dedica parte do seu tempo livre a ajudar quem mais precisa, José Semedo, Nuno Pinto, Zequinha e Diego Silva pegaram em facas a ajudaram a descascar alimentos que serviram para cozinhar para quem mais precisa. A experiência não deixou indiferentes os profissionais do clube que, com o objectivo de sensibilizarem mais pessoas para a causa, partilharam imagens do dia que tiveram.

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Diego Silva, ex-guarda-redes do Vitória que integra a actual equipa técnica, não escondeu a emoção que sentiu por ter vivido um dia diferente ao lado dos três jogadores. “De alma lavada fiquei hoje por ver pessoas tão especiais com um único propósito, o de ajudar aqueles que estão mais necessitados”, escreveu o brasileiro na sua página do Facebook.

O treinador dos guarda-redes fez também questão de reconhecer o trabalho de quem tornou o projecto uma realidade diária. “Parabéns pelo trabalho e por serem tão altruístas, sendo exemplos de que, não é só com dinheiro que podemos ajudar, mas também, cedendo nosso tempo por uma causa e mostrando que a força de vontade é o principal quando queremos algo. Muito obrigado”, finalizou.

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O CASA Setúbal é uma associação que presta apoio alimentar, vestuário, balneário e encaminhamento para apoio social a pessoas sem abrigo. A instituição, que está presente em dez cidades portuguesas, está há dez anos no concelho de Setúbal. No concelho setubalense o Centro de Apoio ao Sem Abrigo conta com dois Núcleos: um na cidade de Setúbal e o outro em Vendas de Azeitão.

No total, o CASA conta com mais de 70 voluntários que, de uma forma abnegada, recolhem produtos alimentares que são diariamente confeccionados para prestar apoio a quem mais necessita. A associação recorda que em Março de 2020, durante os primeiros dias do confinamento, a quantidade de pessoas e famílias necessitadas duplicou.

 “Quando temos sucesso colectivo as individualidades vão surgir com muito mais facilidade”

Entretanto, após o êxito obtido no sábado sobre o Lusitano de Évora, o treinador Alexandre Santana confessa não ser uma surpresa as dificuldades que os clubes colocam ao Vitória. “Senti o que tenho sentido um bocadinho em todos os jogos. Todas as equipas que vêm jogar connosco arrumam-se muito bem e juntam-se atrás, ficando, às vezes, difícil encontrar espaços”.

Apesar do triunfo por 5-2, o 2-2 registado ao intervalo diz bem dessas dificuldades. “O facto de o adversário ter tido onze reforços trouxe-nos alguma expectativa durante a primeira parte. Dois momentos que tiveram no jogo, de bola parada, deu-lhes dois golos. Na segunda parte, com melhor conhecimento do que se estava a passar na primeira, mexemos e a forma como o fizemos e os ‘timings’ foram fundamentais”.

E acrescenta: “Já sabíamos que o Lusitano, como qualquer equipa neste campeonato, ia-nos causar dificuldades. É repetitivo: mas não há jogos fáceis, ainda mais pela exigência que temos connosco próprios, independentemente dos jogadores que estejam em campo”, disse, lembrando a integração de jovens atletas. “Hoje (sábado) estreámos mais um jovem com 17 anos, o Daniel Carvalho. É um jovem fantástico e que trabalha como ninguém, com personalidade ímpar. Com 17 anos, o Rodrigo Pereira também voltou a entrar”.

Alexandre Santana frisou a utilização de um trio de jovens ao lado de um veterano, de 36 anos. “Tirando o Semedo, tivemos dois juniores a jogar no meio-campo à direita e à esquerda (Gonçalo Batista e João Marques) e um sénior de primeiro ano a jogar no corredor central, o Bruno Ventura. Ou seja, temos muitos jogadores jovens que nos trazem muita irreverência, mas que, em determinados momentos do jogo, nos trazem alguma intranquilidade. Faz parte do crescimento”.

Questionado sobre se o lançamento de novos jogadores visa já a preparação da equipa no futuro, o treinador é peremptório. “Também, mas não sou muito de fazer perspectivas a longo prazo. Uma das coisas que disse aos jogadores no intervalo é que não podemos beber o copo de água sem antes o enchermos. Não podemos pensar na segunda parte quando estamos na primeira. A mensagem passou e a equipa beneficia com isso. Quando temos sucesso colectivo as individualidades vão surgir com muito mais facilidade. Podemos pensar mais á frente, mas mais do que fazê-lo interessa encher o copo agora e só depois pensamos na fase seguinte”.

 

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